quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Plantio do Bananal


Planejamento do bananal 

Planejamento do bananal

    Essa etapa antecede todas as demais e deve ser exercitada pelo produtor para estudar os diversos aspectos da sua atividade. É importante conhecer a fundo os problemas dos tabuleiros e avaliar as chances de sucesso do empreendimento. Como já referido, a bananicultura é viável nesse ecossistema, porém devem ser adotadas estratégias próprias de condução do bananal para que não haja problemas no fornecimento de água e nutrientes. A escolha da variedade envolve estudo prévio do mercado consumidor, devendo-se dar preferência àquela que, além de demandada, possua características favoráveis em termos de porte, produtividade e resistência a pragas e doenças. A escolha da área para plantio deve incluir observações criteriosas a respeito das características de solo, como fertilidade, textura, profundidade, drenagem e topografia e, com relação à irrigação, deve-se avaliar a quantidade e a qualidade da água disponível e os custos envolvidos para instalação e manutenção dos equipamentos.

Época de plantio

    O plantio poderá ser realizado em qualquer época do ano, desde que a área cultivada seja irrigada. Em condições de sequeiro, o plantio deverá ocorrer no início das chuvas, para garantir o desenvolvimento inicial das plantas em período com maior disponibilidade de água. Sempre que possível, deverá ser adotada a prática de cobertura morta, utilizando-se resíduos de baixo custo ou produzindo resíduos vegetais especificamente para esse fim. Essa estratégia deverá ser adotada até que a produção de resíduos do próprio bananal seja suficiente para promover conservação de umidade que atenda as necessidades das plantas. O plantio deverá ser escalonado, para haver produção de frutos por todo o ano.

Configurações e densidades de plantio

    A seleção da configuração de plantio (arranjo do espaçamento entre as plantas) deverá ser feita com base no clima, porte da variedade, condições de luminosidade, fertilidade do solo, relevo do terreno e nível tecnológico a ser utilizado na implantação do bananal. Nos tabuleiros, em sistemas irrigados, é recomendável o sistema em fileiras duplas devido ao melhor aproveitamento da área e melhor arranjo do sistema de irrigação (Fig. 1). Aliado a isso, esse sistema permite melhor aproveitamento dos restos culturais das bananeiras, garantindo, assim, a conservação da umidade e redução da perda de água por evaporação. Para as cultivares de porte baixo (Nanica e Prata Anã) recomenda-se a configuração de plantio de 4,0 x 2,0 x 2,0 m, para as de porte médio (FHIA 18 e Nanicão) 4,0 x 2,0 x 2,5 m e para as de porte alto (Terra, Prata e Pacovan) 4,0 x 2,0 x 3,0 m. Em fileira simples os espaçamentos recomendados são 2,5 x 2,5 m; 3,0 x 2,0 m e 3,0 x 3,0 m para as variedades de porte baixo, médio e alto, respectivamente.
    Com base nas equações apresentadas a seguir e nas legendas da Fig. 1 é possível calcular a área ocupada pela planta (Ap) e a densidade de plantio por hectare (Dp), de bananais.

                                                                    



Plantio 

    Caso o solo apresente problemas claros de adensamento (coesão) será necessário avaliar a possibilidade de realização de subsolagem antes do plantio, dando assim melhores condições para as plantas durante a fase inicial de crescimento. Esta prática objetiva proporcionar melhor aeração e drenagem do solo e assegurar boas condições para o desenvolvimento do sistema radicular. Vale ressaltar, no entanto, que os estudos de subsolagem com bananeira, em solos de tabuleiro, ainda são poucos, apesar dos bons resultados que se têm obtido com outras fruteiras.
    Nos solos planos a suave ondulados dos tabuleiros, o sulcamento é mais indicado do que o coveamento, uma vez que permite maior rendimento de serviço, sendo possível abrir mais de 1000 covas por hora. Na abertura dos sulcos deve-se utilizar sulcador de uma só linha, leve (120 kg), que tenha asas removíveis, reguláveis e capacidade de penetração de seu bico no solo, sem as asas, de no mínimo 40 cm. Ao final da operação, o sulco deverá ter uma profundidade de 30 cm. Os sulcos devem ser abertos na direção nascente-poente para que a emissão do primeiro cacho se posicione nas entrelinhas, facilitando, posteriormente, a colheita e a escolha do seguidor.
    As mudas micropropagadas, que são mais recomendadas para utilização em plantios intensivos com irrigação, depois de climatizadas por um período de 45 a 60 dias, deverão ser levadas para o local de plantio e retiradas cuidadosamente do recipiente que as contém, para não danificar as raízes, após o que, serão distribuídas no sulco sobre a terra misturada com adubo orgânico e fertilizante fosfatado.
    As mudas procedentes de viveiros ou de bananal sadio (chifrinho, chifre ou chifrão) devem ser plantadas colocando numa mesma área mudas do mesmo tamanho. Após o plantio, deve-se colocar 5 a 10 cm de terra solta sobre o pseudocaule, para evitar que os tecidos sejam danificados pela exposição direta da luz solar.

Planejamento do Bananal

Nesta etapa, o produtor deve prever e analisar alguns aspectos relevantes à sua atividade como, o acesso à propriedade durante o ano todo, o rápido escoamento da produção, a topografia da área de produção, a eficiência dos sistemas de irrigação e/ou drenagem, a qualidade da água e, a escolha de cultivares demandadas pelo mercado.

A construção de estradas e carreadores interligando as sub-áreas de produção possibilita o tráfego de veículos, máquinas e implementos agrícolas que facilitam operações rotineiras como o escoamento da produção, a aplicação de defensivos, a distribuição de fertilizantes e a colheita.

Época de plantio

O plantio pode ser realizado em qualquer época do ano, desde que as chuvas sejam bem distribuídas ou que a área cultivada seja irrigada. Em condições de sequeiro, o plantio deve ocorrer após o período de maior concentração de chuvas, uma vez que as necessidades de água para o cultivo da bananeira são menores nos três primeiros meses após o plantio. O plantio deve ser escalonado para que haja produção durante todo o ano.

Espaçamento e densidade de plantio

Os espaçamentos utilizados para o cultivo da banana estão relacionados com o clima, o porte da cultivar, as condições de luminosidade, a fertilidade do solo, a topografia do terreno e o nível tecnológico dos cultivos. Nas regiões produtoras de banana do Brasil, os espaçamentos mais praticados estão descritos na Tabela 2.

Tabela 2. Espaçamentos para diferentes cultivares, em função do porte.
Porte
Cultivares
Espaçamento (m)
Baixo a médio
FHIA 18
2,0 x 2,0; 2,5 x 2,0; 2,5 x 2,5; 3,0 x 3,0; 3,0 x 2,0 x 2,0 e 4,0 x 2,0 x 2,0.
Médio a alto
Thap Maeo, FHIA 1, FHIA 02 AM e Caipira.
3,0 x 2,0; 3,0 x 2,5; 3,0 x 3,0 e  4,0 x 2,0 x 2,5.
Alto
Prata Ken, Prata Zulu
3,0 x 3,0; 4,0 x 2,0; 4,0 x 3,0 e 4,0 x 2,0 x 3,0.

Coveamento

Em áreas não mecanizáveis, as covas são abertas manualmente, com cavador e/ou enxadas, nas dimensões mínimas de 40 cm x 40 cm x 40 cm.

Plantio e replantio

A muda deve ser posicionada no centro da cova adubada, colocando-se em seguida a terra removida, pressionando-a bem para evitar que a água de chuva ou irrigação acumulada possa, depois do plantio, ocasionar o apodrecimento da muda.
As mudas micropropagadas, após climatizadas por um período de 45 a 60 dias, são levadas para o local de plantio, em época de alta umidade, a fim de facilitar o seu estabelecimento. Devem ser retiradas cuidadosamente do recipiente que as contém, para não danificar as raízes, e distribuídas no centro das covas, sobre a terra misturada, com adubo orgânico e fertilizante fosfatado, fechando-se a cova.
O plantio de mudas procedentes de viveiros ou de bananal sadio (mudas convencionais) é feito de acordo com os tipos (chifrinho, chifre e chifrão), os quais devem ser plantados nesta ordem, colocando numa mesma área, mudas do mesmo tamanho. Após o plantio, coloca-se 5 a 10 cm de terra solta sobre o pseudocaule, evitando-se que os tecidos sejam danificados pela exposição direta da luz solar.





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