sábado, 7 de novembro de 2015

Produção e Obtenção de Mudas de Banana




Produção e obtenção de mudas 


As mudas têm papel fundamental na qualidade fitossanitária do bananal, uma vez que, problemas como nematóides, broca-do-rizoma, mal-do-Panamá, moko, podridão-mole e vírus podem ser levados pelas mesmas. Serão utilizados basicamente mudas produzidas pelos seguintes métodos:


Propagação convencional
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As bananeiras são normalmente propagadas vegetativamente por meio de mudas desenvolvidas a partir de gemas do seu caule subterrâneo, o rizoma. O ideal é que as mudas sejam oriundas de viveiros, que são áreas estabelecidas com a finalidade exclusiva de produção de material propagativo de boa qualidade.
No caso da inexistência de viveiros, as mudas devem ser obtidas de bananal com plantas bem vigorosas e em ótimas condições fitossanitárias, cuja idade não seja superior a quatro anos e que não apresente mistura de variedades e presença de plantas daninhas de difícil erradicação, a exemplo da tiririca ou dandá (Cyperus rotundus). Nesse caso as mudas obtidas são classificadas como:
Chifrinho: apresenta de 20 a 30 cm de altura e têm unicamente folhas lanceoladas;
Chifre: apresentam de 50 a 60 cm de altura e folhas lanceoladas;
Chifrão: é o tipo ideal de muda, com 60 a 150 cm de altura, já apresentando uma mistura de folhas lanceoladas com folhas características de planta adulta;
Adulta: são mudas com rizomas bem desenvolvidos, em fase de diferenciação floral, e que apresentam folhas largas, porém ainda jovens;
Pedaço de rizoma: tipo de muda oriundo de frações de rizoma com no mínimo uma gema bem entumecida e peso de 800 g;
Rizoma com filho aderido: muda de grande peso e que, devido ao filho aderido, exige cuidado em seu manuseio, de forma a evitar danos ao mesmo;
Guarda-chuva: mudas pequenas, rizomas diminutos, mas com folhas típicas de plantas adultas. Devem ser evitadas, pois além de possuírem pouca reserva aumentam a duração do ciclo vegetativo.
Para produção de mudas na fazenda, deve-se utilizar solos que ainda não tenham sido cultivados com bananas e estabelecer o viveiro com mudas comprovadamente isentas de pragas e doenças.
  1. Micropropagação

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A micropropagação ou propagação in vitro, em laboratório, consiste no cultivo de segmentos muito pequenos de plantas, os chamados explantes.
Atualmente a técnica mais empregada para a produção de mudas in vitro é a partir dos meristemas apicais retirados de mudas tipo chifrinho. O meristema apical e parte do próprio rizoma dessas mudas é levado para o laboratório onde passa por diversas etapas de cultivo até a obtenção das mudinhas que são aclimatadas, transferidas para um substrato especial e comercializadas.
As mudas de laboratório são geneticamente uniformes, mais vigorosas, permitem tratos culturais e colheitas mais uniformes. São ainda mais produtivas e evitam a disseminação de pragas e doenças.
Produzidas em laboratório pelo processo de clonagem (micropropagação) e aclimatadas em estufas. As mudas de bananeira da Multiplanta são fornecidas para todas as regiões produtoras do país.
Por este processo obtem-se mudas de qualidade - livres de pragas e doenças. Plantios comerciais utilizam este tipo de muda devido à facilidade de transporte, manuseio, “pegamento”, uniformidade, vigor e produtividade. As mudas estão prontas para o plantio direto a campo, mas podem ser mantidas na bandeja de plástico por vários dias (ou semanas), mantendo-se úmido o torrão. A empresa é registrada junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária - IMA, o qual efetua acompanhamento sistemático da produção e o controle oficial (indexação) para o virus do mosaico do pepino - CMV.
Cultivares
Prata Anã, Grand Naine (grupo Nanicão), Maçã, FHIA-18

Bandeja com 24 mudas 

Mudas prontas para o plantio direto a campo. A altura da parte aérea é de 20 a 30 cm e um torrão de 6 x 6 x 6 cm.


Bandeja com 128 mudas 

Mudas com 10 a 15 cm de altura que necessitam ser transplantadas para um recipiente maior por um período de 30-40 dias.


Mudas com raiz nua 

Pré-aclimatadas, com 5 a 10 cm de altura, também para serem terminadas no local de plantio. Especialmente indicadas para transporte a longas distâncias.

Transporte das Mudas
É feito pelo produtor ou providenciado pela Multiplanta , independente da quantidade, por Sedex, transportadora ou via aérea, para todo o Brasil

Produção e obtenção de mudas 

As mudas têm papel fundamental na qualidade fitotécnica e fitossanitária do bananal, uma vez que, problemas como nematóides, broca-do-rizoma, Sigatoka-negra, mal-do-Panamá, moko, podridão-mole e vírus podem ser levados pela muda.
As mudas para plantio devem ser, preferencialmente, de cultura de tecidos, adquiridas de firmas idôneas que fazem indexação de vírus, garantindo a sanidade quanto aos vírus CMV e BSV.
Se o produtor optar por mudas oriundas de bananais, escolher plantios que não apresentam sintomas ou sinais de incidência de nematóides, como plantas caídas, com o sistema radicular destruído; e livres do ataque do moko e do mal-do-panamá.
Os principais métodos para produção de mudas são:

Propagação convencional

As bananeiras são normalmente propagadas vegetativamente por meio de mudas desenvolvidas a partir de gemas do seu caule subterrâneo, o rizoma. O ideal é que as mudas sejam oriundas de viveiros, que são áreas estabelecidas com a finalidade exclusiva de produção de material propagativo de boa qualidade.
No caso da inexistência de viveiros, as mudas devem ser obtidas de bananal com plantas bem vigorosas e em ótimas condições fitossanitárias, cuja idade não seja superior a quatro anos e que não apresente mistura de variedades e presença de plantas daninhas de difícil erradicação, a exemplo da tiririca ou dandá (Cyperus rotundus). As mudas assim obtidas são classificadas como:
  • Chifrinho: apresentam de 20 a 30 cm de altura e têm unicamente folhas lanceoladas.
  • Chifre: apresentam de 50 a 60 cm de altura e folhas lanceoladas.
  • Chifrão: é o tipo ideal de muda, com 60 a 150 cm  de altura, já apresentando uma mistura de folhas lanceoladas com folhas características de planta adulta.
  • Adulta: são mudas com rizomas bem desenvolvidos, em fase de diferenciação floral, e que apresentam folhas largas, porém ainda jovens.
  • Pedaço de rizoma: tipo de muda oriundo de frações de rizoma com no mínimo uma gema bem entumescida e peso de 800 g.
  • Rizoma com filho aderido: muda de grande peso e que, devido ao filho aderido, exige cuidado em seu manuseio, de forma a evitar danos ao mesmo.
  • Guarda-chuva: mudas pequenas, rizomas diminutos, mas com folhas típicas de plantas adultas. Devem ser evitadas, pois além de possuírem pouca reserva  aumentam a duração do ciclo vegetativo.
Para produção de mudas na fazenda, devem ser adotados os seguintes cuidados:
  • Utilizar solos que ainda não tenham sido cultivados com bananeiras.
  • Usar mudas comprovadamente isentas de pragas e doenças.
  • Fazer desinfestação das ferramentas no viveiro, ao passar de uma planta a outra.
  • Os rizomas das mudas oriundas de bananais devem ser lavados, descorticados, removendo-se todas as raízes e os tecidos apodrecidos com o uso de faca ou facão, visando à eliminação ou redução de inóculo contido nas mudas. Posteriormente, as mudas descorticadas e lavadas devem ser tratadas com nematicidas, imergindo-as em solução de Furadan 350 SC, na dosagem de 400 mL/100L de água por 10 minutos. Além da quimioterapia, a termoterapia é outra opção que também pode ser usada. Após o descorticamento e lavagem dos rizomas, as mudas podem ser submetidas a temperatura de 65ºC, por 5 minutos, ou 55ºC, por 20 minutos. A combinação tempo/temperatura deve levar em consideração o diâmetro do rizoma a ser tratado.
Fracionamento de rizoma

Esta é uma técnica de propagação bastante simples, indicada para qualquer variedade de banana, consistindo das seguintes etapas:
a) Arranquio das plantas, preferencialmente aquelas com rizoma bem desenvolvido.
b) Limpeza do rizoma mediante a remoção de raízes e partes necrosadas, de forma a eliminar brocas e manchas pretas que apareçam.
c) Eliminação de parte das bainhas do pseudocaule, de modo a expor as gemas entumescidas.
d) Fracionamento do rizoma em tantos pedaços quantas forem as gemas existentes.
e) Plantio dos pedaços de rizoma em canteiros devidamente preparados com matéria orgânica.
Para o plantio, abrem-se sulcos com profundidade suficiente para enterrar completamente os pedaços de rizoma, utilizando o espaçamento de cerca de 20 cm entre sulcos por 5 cm entre frações. Durante toda a fase de canteiro, deve-se proceder a irrigação para manter o solo sempre úmido, o que assegura um índice de pegamento em torno de 70%. Como as gemas apresentam diferentes estádios de desenvolvimento fisiológico, a transferência para campo inicia a partir do 3° mês, devendo ser levadas com todo o sistema radicular.

Micropropagação

A micropropagação ou propagação in vitro, em laboratório, consiste no cultivo de segmentos muito pequenos de plantas, os chamados explantes.
Atualmente a técnica mais empregada para a produção de mudas in vitro é a partir dos meristemas apicais retirados de mudas tipo chifrinho, e envolve as seguintes etapas:

a) coleta de mudas;
b) preparo do explante, diminuindo o tamanho do rizoma até que se chegue a um bloco com cerca de 1 cm de rizoma e 2 cm de pseudocaule;
c) desinfestação, em câmara de fluxo laminar, a fim de eliminar a presença de microrganismos responsáveis pela contaminação dos explantes;
d) excisão do explante, com um tamanho em torno de 0,5 cm de rizoma e 1 cm de pseudocaule;
e) incubação em meio de cultura sem fitohormônios;
f) comprovação da ausência de microrganismos durante os 30 primeiros dias, eliminando-se os explantes contaminados; 
g) transferências dos explantes sadios para meio com 4 mg/L de benzilaminopurina (BAP), visando a formação de brotos adventícios;
h) enraizamento das plântulas em meio de cultura sem fitohormônios;
i) transferência das plantas para substrato, em casa de vegetação, para o endurecimento; e
j) plantio das mudas no campo, de preferência em período de chuvas ou sob irrigação.

As mudas de laboratório são geneticamente uniformes, mais vigorosas, permitem tratos culturais e colheitas mais uniformes. São ainda mais produtivas e evitam a disseminação de pragas e doenças.

Mudas
Importância da qualidade da muda
A multiplicação comercial da bananeira é realizada por meio de mudas obtidas a partir propagação vegetativa ou clonal. A utilização no plantio de uma muda de qualidade é fundamental para o sucesso da produção, já que a mesma deve reunir características desejadas quanto a identidade genética da variedade, vigor e estado fitossanitário. As características agronômicas e comerciais da variedade são garantidas pela pureza genética. A qualidade fitossanitária garante a ausência de pragas e doenças prejudiciais à cultura, como a broca-do-rizoma, os nematóides, o mal-do-Panamá, o moko, a podridão-mole e as viroses. O vigor da muda garante o bom pegamento e o crescimento inicial rápido da planta. Via de regra, o vigor está associado ao tamanho e a idade da muda.
Produção e obtenção de mudas
As mudas podem ser obtidas pelo método da propagração vegetativa convencional ou por micropropagação.

Propagação vegetativa convencional
O método consiste na retirada de parte ou de todo o rizoma ou caule subterrâneo da planta contendo uma ou mais gema(s) desenvolvida(s) – Fig. 1. As plantas que fornecerão as mudas a serem propagadas devem atender os atributos que caracterizam uma muda de qualidade. Na prática, dificilmente se consegue por esse método mudas que atendam todos os atributos de qualidade, principalmente com relação à questão fitossanitária. Portanto, recomenda-se selecionar bananais com boa produtividade e plantas características da variedade e, na medida do possível, escolher áreas cujo histórico não tenha problemas fitossanitários graves.
O ideal é que as mudas a serem produzidas por esse método sejam oriundas de plantas matrizes produzidas pelo método da micropropagação. Desta forma, mesmo as mudas convencionais poderão ter uma boa qualidade se o local de cultivo for isento das principais pragas e doenças da cultura. Outra forma de melhorar a qualidade da muda produzida pelo método convencional é, intencionalmente, estabelecer viveiros ou matrizeiros de campo com a finalidade específica de produção de mudas. Também, neste caso, é importante que o solo da área de cultivo seja isento de enfermidades e pragas da bananeira. A principal vantagem do viveiro ou matrizeiro é a redução do custo da muda de boa qualidade.

Tipos de mudas e suas características

Chifrinho: apresenta de 20 a 30 cm de altura e tem unicamente folhas lanceoladas;
Chifre: apresentam de 50 a 60 cm de altura e folhas lanceoladas;
Chifrão: é o tipo ideal de muda, com 60 a 150 cm de altura, já apresentando uma mistura de folhas lanceoladas com folhas características de planta adulta;
Rizoma de planta adulta: são mudas com rizomas bem desenvolvidos, em fase de diferenciação floral, e que apresentam folhas largas, porém ainda jovens;
Pedaço de rizoma: tipo de muda oriundo de frações de rizoma com, no mínimo, uma gema bem intumescida e peso de 800 g;
Rizoma com filho aderido: muda de grande peso e que, devido ao filho aderido, exige cuidado em seu manuseio, de forma a evitar danos ao mesmo;
Guarda-chuva: mudas pequenas, rizomas diminutos, mas com folhas típicas de plantas adultas. Devem ser evitadas, pois além de possuírem pouca reserva, aumentam a duração do ciclo vegetativo.

Método Micropropagação
A micropropagação ou propagação “in vitro” é uma técnica de produção de mudas realizada em laboratório, que consiste no cultivo de segmentos muito pequenos de plantas, os chamados explantes. O crescimento e multiplicação do material são realizados em meio artificial e sob condições de luminosidade, temperatura e fotoperíodo controlados.
Atualmente, o método mais empregado para a produção de mudas “in vitro” é a partir dos meristemas apicais retirados de mudas tipo chifrinho. O meristema apical e parte do próprio rizoma dessas mudas são levados para o laboratório, onde passam por diversas etapas de crescimento e multiplicação até a obtenção das mudas, que são, depois, aclimatadas, transferidas para um substrato especial e comercializadas.
As mudas obtidas por este processo são geneticamente idênticas às plantas que as originaram, são uniformes, facilitando, assim, os tratos culturais e a colheita. São, ainda, mais produtivas e evitam a disseminação de pragas e doenças. Uma outra vantagem da micropagação é que este processo permite a obtenção de milhares de mudas a partir de uma planta matriz selecionada – Fig. 2.

Considerações sobre os diferentes tipos de mudas
As mudas tipo pedaço de rizoma, chifrinho, chifre, chifrão, guarda-chuva e micropropagadas são normalmente utilizadas na formação de novas plantações.
A muda guarda-chuva deve ser descartada, pois seu vigor é fraco e o cacho produzido por ela é menor do que o cacho normal para a variedade em questão. Ela, que se enquadra como muda tipo rizoma inteiro, é um material que só deve ser utilizado na ausência de material propagativo de melhor qualidade.
A muda pau de lenha também pode ser usada nos programas de substituição de cultivares, sem destruição do bananal velho, mas sob o ponto de vista técnico não é recomendável.
A muda tipo pau de lenha, que já foi muito utilizada nos plantios de bananeiras em pequenas chácaras e em fundo de quintal, apresenta alguns fatores que limitam o seu uso na formação de novos bananais, tais como:
Os custos de aquisição e de transporte são altos; 

A limpeza e o tratamento fitossanitário (controle do moleque-da-bananeira e nematóides) da muda são mais difíceis e demorados;
O transporte para o local de plantio é de menor rendimento, assim como a mão-de-obra de plantio, se comparados com os demais tipos de muda.

Entretanto, na renovação de plantios velhos, utilizando este tipo de muda do próprio bananal, os produtores têm a seu favor as seguintes vantagens:
 Nessas mudas, o número de falhas é praticamente zero;

Há um rápido enfolhamento na planta, que, com isto, sombreia o solo, reduzindo, dessa maneira, as capinas;
Por vezes, se muito bem cuidada, ela ainda produz precocemente um pequeno cacho que, dependendo da época em que estiver sendo colhido, pode alcançar um bom valor comercial.

Entretanto, o procedimento mais recomendado para esse tipo de muda é que ao se selecionar o “filho” que irá dar início à “família”, toda a parte aérea (folhas e a inflorescência, se já houver) seja eliminada ao nível da roseta foliar.
A maior vantagem do plantio desse tipo de muda é o fato de que a produção do seu “filho” é mais precoce e quase sempre produz excelente cacho.
A muda tipo rizoma inteiro de bananeira que já tenha produzido e que mantenha um rebento bem definido, com 10 a 20 cm junto a ela, é bem precoce. Esta vantagem é parcialmente anulada, pelo fato de dela apresentar o inconveniente de não ser possível fazer a limpeza correta do rizoma, devido ao broto do filho aderido ao rizoma da planta-mãe. Dessa forma, o controle dos nematóides e da broca-do-rizoma da bananeira é prejudicado. Entretanto, este tipo de muda é recomendado, se for produzida em viveiro, onde haja controle dessas pragas.
Já mudas micropropagadas plantadas diretamente da bandeja apresentam grande rendimento de serviço e rápido desenvolvimento inicial, mas exigem muitos cuidados. Convém lembrar sempre que este tipo de muda pode ser atacada por insetos cortadores e ainda contaminada por insetos transmissores de viroses. Se elas foram plantadas inicialmente em sacos de polietileno, o rendimento do seu plantio é menor, porém raramente precisam ser replantadas.

Plantio
A operação de plantio é um marco importante no sistema de produção da bananeira, haja vista que o sucesso do cultivo dependerá muito da correta decisão de muitas ações que antecedem o plantio propriamente dito. Entre essas ações, pode-se destacar: a escolha e o preparo da área; a drenagem, quando necessária; a calagem; a adubação de fundação; a escolha da cultivar; o tamanho dos talhões e a disposição dos carreadores; a época de plantio; o tipo de muda; o espaçamento e densidade; o tipo de cova.

A escolha da área
Deve-se dar preferência às áreas que não ofereçam limitações para a cultura, como aquelas com problemas de drenagem, solos rasos e áreas muito declivosas (acima de 30% de declividade).

Preparo do solo
Em áreas novas, com a presença da mata nativa, deve-se proceder à limpeza com trator de esteira apropriado para esta finalidade, evitando-se remover a camada superficial do solo, rica em material orgânico. Nas áreas já cultivadas e mesmo naquelas recém-desbravadas, é recomendável que se faça a subsolagem antes da aração. Nesta operação, pode-se utilizar uma barra com dois subsoladores, distanciados entre si de 100 a 120 cm, de modo que eles consigam atingir 50 a 60 cm de profundidade. Esta prática agrícola se torna mais importante ainda, por ocasião da reforma do bananal. Esta operação produz um grande arejamento no solo, que facilita muito o desenvolvimento das raízes e também, aumenta a capacidade de retenção de água no solo. As raízes da bananeira por si só não têm capacidade de romper camadas adensadas no perfil de solo explorado.
Após a subsolagem, procede-se ao nivelamento e destorroamento com um gradão ou Grade “V”. Após essa operação, procede-se à aração, que é feita com arado de discos, em profundidade de 30 a 40 cm. Com isto, se consegue melhorar o arejamento superficial do solo, a incorporação da matéria orgânica e das ervas-daninhas em geral, a uma boa profundidade, além de misturar as camadas de terra profunda, com os corretivos de solo aplicados em cobertura.

Calagem e adubação de fundação
O planejamento e a execução da calagem e da adubação de fundação são satisfatoriamente realizados quando precedidos do tempo necessário da coleta e dos resultados da análise química e de fertilidade do solo. (consultar capítulo sobre nutrição, calagem e adubação da bananeira).

Época de plantio
Na região do Submédio São Francisco, o plantio pode ser realizado em qualquer época do ano, devido às condições de clima e manejo, não há limitações de temperatura e umidade do solo para o desenvolvimento da bananeira. Entretanto, devido ao risco de tombamento causado por ventos, as plantações cujo plantio seja realizado entre os meses de junho e novembro, estarão livres do tombamento no primeiro ano.

Formação dos talhões e carreadores
O planejamento e locação dos talhões e carreadores são importantes para facilitar as atividades de manejo do bananal e da colheita. Entre as principais atividades facilitadas pelo bom planejamento da disposição do bananal estão a aplicação de defensivos, adubação e saída dos cachos. Os talhões podem ser dimensionados com as seguintes medidas: 50 m de largura e 200 m de comprimento. Os carreadores podem ser de 8 m de largura, formando vias de acesso no sentido do maior e menor comprimento do talhão.
Espaçamento e densidade de plantio
Os espaçamentos utilizados para o cultivo da banana estão relacionados com o clima, o porte da variedade, as condições de luminosidade, a fertilidade do solo, a topografia do terreno e o nível tecnológico dos cultivos. Para as condições do Submédio São Francisco, são recomendados os seguintes espaçamentos em função da cultivar:
Prata Anã - Densidades de 1333 a 1666 plantas por hectare, sendo indicados os seguintes espaçamentos: fileira dupla de 4,0m x 2,0m x 2,5m e 4,0m x 2,0m x 2,0m.
Pacovan - Densidades de 1111 a 1333 plantas por hectare, sendo indicados os seguintes espaçamentos: flileira dupla de 5,0m x 2,0m x 2,5m e 4,0m x 2,0m x 2,5m e fileira simples de 4,0 x 2,5 m e 5,0 x 2,5 m.
Subgrupo cavendish (banana d'água, casca verde, nanica) – Densidades de 1667 e 1860 plantas por hectare: espaçamentos de 3,0 x 2,0 m e fileira dupla de 3,76 x 1,0 x 2,26 m – sendo 3,76 m entre ruas, 1,0 m entre fileiras duplas e 2,26 m entre plantas na fileira.

Coveamento e plantio
Em áreas não mecanizáveis, as covas são abertas manualmente, com cavador e/ou enxadas, nas dimensões de 40 cm x 40 cm x 40 cm. É muito importante que as mudas ou rizomas sejam selecionados por tamanho ou peso à medida que são plantados, de forma que após o pegamento e crescimento das mesmas, haja menor competição entre elas e facilitação dos tratos culturais. (verificar os tipos de mudas recomendadas no item mudas).
Nas áreas mecanizáveis, o coveamento pode ser substituído pelo sulcamento com equipamentos que garantam a profundidade desejada para o plantio.
È importante observar, no ato do plantio, a profundidade de colocação da muda. Deve-se buscar sempre fazer plantio da muda entre 20 e 30 cm abaixo do nível do solo. À medida que a planta se desenvolve, normalmente, ocorre o afloramento do rizoma; por isso, é importante retardar a tendência natural do afloramento do rizoma plantando a muda na profundidade citada.
Mudas micropropagadas devem ser aclimatadas antes do plantio por um período de 45 a 60 dias, por meio da exposição gradativa a luz solar direta. Esse tipo de muda exige um cuidado especial também com relação à profundidade de plantio. Neste caso, o plantio também deve ser mais profundo (o colo da planta deve ficar 15 cm abaixo do nível do solo), tomando-se o cuidado de chegar o solo no pseudocaule à medida que a planta cresce. No momento do plantio, os sacos plásticos que envolvem as mudas, devem ser cuidadosamente retirados para não danificar as raízes. Em seguida, as mesmas são colocadas na cova e adiciona-se terra misturada com adubo orgânico e fertilizante fosfatado, fechando-se a cova no final do processo. Algumas etapas do plantio são ilustradas nas Fig. 3 a 6,








Um comentário:

  1. Bom Dia!

    Sou de Recife e gostaria de compras mudas de Banana. você pode indicar alguma empresa?

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