Pragas e métodos de controle
Controle de Pragas
O abacaxizeiro está sujeito à ocorrência de algumas pragas, dentre as quais se destacam a cochonilha e a broca do fruto, responsáveis por sérios danos à cultura. Em consonância com as exigências atuais para produção de alimento “sadio”, o controle das pragas do abacaxizeiro, à semelhança do controle de doenças, deve obedecer aos preceitos do manejo integrado de pragas. Equipamentos calibrados e pessoal capacitado para aplicação de agrotóxicos são componentes fundamentais para o controle de doenças.
O produtor deve efetuar visitas periódicas ao plantio a fim de monitorar a ocorrência de pragas. Em caso positivo, e a depender da infestação, efetuar o controle obedecendo aos preceitos do manejo integrado de pragas.
Murcha do abacaxizeiro associada à cochonilha Dysmicoccus brevipes
Problema de grande importância para a abacaxicultura mundial, a murcha do abacaxizeiro é causada pelo “Pineapple Mealybug Wilt Associated Vírus” (PMWaV), isto é, o vírus associado à cochonilha da murcha do abacaxi, que é transmitido pela cochonilha Dysmicoccus brevipes. A incidência da murcha se caracteriza pela ocorrência de reboleiras de plantas distribuídas pelo plantio. As plantas atacadas expressam sintomas semelhantes aos causados pela murcha fisiológica decorrente do déficit hídrico, diferindo desses por sua distribuição em reboleiras (Figura 1).
Mudas infestadas são os principais agentes de dispersão das cochonilhas, portanto, a primeira medida de controle da murcha consiste na utilização de material de plantio livre dessa praga. Entre as práticas culturais a serem adotadas no manejo integrado da murcha, destacam-se: a) destruição dos restos culturais; b) realização de bom preparo do solo; c) obtenção de mudas em áreas onde a incidência da murcha foi baixa ou nula; d) realização da cura das mudas; e) manutenção do plantio livre de plantas hospedeiras da cochonilha; f) aplicação de inseticida nas reboleiras, direcionando-se o jato para a base da planta. O combate às formigas doceiras (exemplo: lava pés, formiga de fogo, entre outras) é um componente importante no controle da murcha, haja vista que elas são as responsáveis pela dispersão da cochonilha de planta a planta dentro do abacaxizal.
Fotos: Aristoteles Pires de Matos (A, B, C, E); Nilton Fritzons Sanches (D)
Figura 1. Murcha do abacaxizeiro associada à cochonilha: A) em padrão típico de reboleira; B) detalhe de plantas com sintomas; C) efeito da murcha sobre o desenvolvimento do fruto; (D) colônia de cochonilha em planta de abacaxi recoberta com solo como medida de proteção pelas formigas; (E) detalhe da colônia
Broca do fruto, Strymon megarus
Encontrada desde o México até a Argentina, a broca do fruto, Strymon megarus, é uma das pragas mais importantes do abacaxizeiro no Brasil. A larva da broca causa danos na polpa do fruto. Ao se alimentar da polpa, abre galerias no interior do fruto, tornando-o imprestável para a comercialização (Figura 2). Embora em menor proporção, na ausência de frutos a broca pode atacar mudas do tipo filhote (Figura 3), razão pela qual a primeira medida de controle dessa praga consiste na utilização de mudas sabidamente não infestadas. A decisão pela prática do controle químico da broca do fruto, mediante aplicação de inseticidas para proteger a inflorescência em desenvolvimento, deve ser fundamentada no monitoramento da praga no abacaxizal em frutificação. Constatando-se a presença de um adulto ou de ovos da praga, deve-se adotar o controle químico utilizando inseticidas registrados no AGROFIT para esse fim e mediante receituário agronômico. A tomada de decisão quanto ao uso do controle químico com base no monitoramento da praga propicia economia de mão de obra e de insumos, beneficiando a saúde do aplicador e do consumidor, além de reduzir substancialmente a poluição do meio ambiente. O intervalo de aplicação depende do inseticida utilizado e as aplicações devem ser suspensas quando do fechamento das flores.
Observações de campo têm mostrado maior ocorrência de ataque da broca do fruto nas plantas localizadas nas bordas dos plantios, e, em maior severidade, naqueles instalados próximos das matas nativas, indicando que a instalação de plantios distantes da vegetação nativa contribui para reduzir a ocorrência dessa praga.
Fotos: Aristoteles Pires de Matos
Figura 2. Broca do fruto do abacaxizeiro (Strymon megarus): (A) borboleta adulta; (B) inflorescência com uma postura; (C) lagarta na parte externa da inflorescência; (D) sintomas/danos externos; e (E) internos em frutos de abacaxi ‘Pérola’
Foto: Aristoteles Pires de Matos
Figura 3. Ataque da broca do fruto em mudas do tipo filhote de abacaxi ‘Pérola’ caracterizado pelo orifício de penetração da larva e pela exsudação de resina
Controle de outras pragas
Para controlar os cupins subterrâneos, recomenda-se não instalar os plantios em solos compactados, com baixo teor de matéria orgânica e de baixa fertilidade. Um bom preparo do solo de maneira a promover a exposição e a destruição dos ninhos dos cupins contribui para a redução da população da praga
Nematoides
Diversos fitonematoides podem ser encontrados atacando as raízes do abacaxizeiro. Dentre eles, os mais danosos a essa cultura são Pratylenchus brachyurus, Meloidogyne javanica, Meloidogyne incognita e Rotylenchulus reniformis. Outros fitonematoides que podem também estar associados às raízes do abacaxizeiro, porém causando menos danos à cultura são Aorolaimus sp., Criconemoides sp., Ditylenchus sp., Helicotylenchus sp., Heterodera sp., Hoplolaimus sp., Longidorus sp., Paratylenchus sp., Radopholus sp., Scutellonema sp., Trichodorus sp., Tylenchorhynchus sp., Tylenchus sp. e Xiphinema sp.
As plantas infestadas, devido ao sistema radicular apresentar-se bastante afetado, são mais sujeitas ao déficit hídrico e nutricional, resultando em menores sustentação e murcha. Uma vez presente no plantio, a eliminação dos fitonematoides é muito difícil, portanto, o diagnóstico e o monitoramento são componentes extremamente importantes no manejo integrado dos mesmos. De maneira geral, os sintomas decorrentes da infestação dessa praga são similares aos da murcha associada à cochonilha e aos da murcha fisiológica.
Controle
Antes da instalação do plantio em áreas novas, é recomendável a coleta de amostras de solo e seu envio para análise em laboratório habilitado quanto à presença de fitonematoides. Caso seja constatado que a área já esteja infestada, recomenda-se a limpeza do solo, um bom preparo do solo, adubações equilibradas, rotação de cultura, dentre outras. Medidas adicionais de manejo integrado, tais como pousio, solarização e monitoramento são também recomendadas, uma vez que auxiliam na redução da população de fitonematoides. O controle químico mediante aplicação de nematicidas deve contar com a orientação de um responsável técnico e obedecer à legislação vigente. Plantios instalados em sistema de consórcio com culturas de ciclo curto, de maneira alternada ou contínua nas entrelinhas, ou com espécies frutíferas perenes, devem ser monitorados de maneira a acompanhar a evolução da população dos fitonematoides, especialmente aqueles que possam causar danos ao abacaxizeiro.
Pragas do Abacaxizeiro
O Brasil ocupa o quarto lugar como produtor mundial de abacaxi, Ananas comosus (L) Merril, com uma área cultivada de aproximadamente 26.000 hectares, enquanto a Tailândia, que ocupa o primeiro lugar, tem uma área plantada de 25.000 hectares e uma produtividade três vezes maior. Essa baixa produtividade brasileira deve-se a vários fatores, destacando-se entre eles as pragas, representadas por algumas espécies de insetos e de ácaros, que se encontram bem adaptadas a essa anonácea e às condições ecológicas das regiões produtoras, causando, conseqüentemente, sérios prejuízos ou até mesmo danos totais à cultura, se medidas eficientes de controle não forem aplicadas.
Dentre os insetos e os ácaros que incidem na cultura, apresentando, às vezes, diferenciação de ataque de região para região, destacam-se, como pragas, os seguintes:
1. BROCA-DO-FRUTO
A broca-do-fruto, Thecla basalides, é considerada no Brasil como a principal praga da cultura do abacaxizeiro, causando danos elevados em diversas regiões, principalmente em cultivos nos quais os tratos fitossanitários são precários, onde níveis de infestação de até 96% têm sido registrados (Collins, 1960; Sampaio, 1979; Sanches, 1981).
No Brasil, sua presença já foi constatada nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco (Silva et al., 1968), Paraíba (Sanches et al., 1985) e Bahia (Sanches, 1989); a ocorrência dessa praga, também, já foi registrada em outros países como Colômbia, Venezuela e México e na América Central (Cunha et al., 1994); aparentemente não é encontrada fora do continente americano.
1.1 Descrição, biologia e comportamento
As fêmeas adultas são borboletas pequenas cuja envergadura mede, aproximadamente, de 28 a 35 mm; apresentam a face superior do primeiro par de asas de coloração cinza-brilhante, com uma faixa escura margeando os bordos e acompanhada de uma franja branca; o segundo par de asas apresenta manchas alaranjadas na margem externa e um par de apêndices caudais pretos e filiformes, com extremidades brancas; as antenas são aneladas de branco (Fig. 1). Os machos assemelham-se às fêmeas apresentando-se, porém, menores e com uma mancha preta na porção ventral das asas anteriores (Monte, 1938; Heinrich, 1947).
Segundo Sanches (1991), as borboletas preferem efetuar as posturas na parte superior e mediana da inflorescência, entretanto, podem depositar seus ovos, também, no pedúnculo e nas gemas dos futuros "filhotes".
Os ovos são arredondados, possuem coloração esbranquiçada e apresentam cerca de 0,8 mm de diâmetro. O período de incubação varia de três a cinco dias, após o qual eclodem as lagartas, que medem de 1,5 a 2,0 mm de comprimento e apresentam o corpo de coloração amarela e a cabeça e o tórax mais escuros (Fig. 2). A lagarta desenvolvida atinge de 18,0 a 20,0 mm de comprimento, com o corpo amarelo-escuro com manchas avermelhadas, sendo a cabeça mais escura e localizada sob o protórax. Ao completarem o período larval, cuja duração varia de 13 a 16 dias, as lagartas saem dos frutos e dirigem-se às folhas basais onde se transformam em pupas; estas apresentam coloração castanha e medem ao redor de 13,0 mm de comprimento. O período pupal de T. basalides varia de sete a onze dias (Harris, 1927; Fonseca, 1937; Piza Júnior, 1969).
O ciclo biológico completo deste lepidóptero varia de 23 a 32 dias, dependendo, principalmente, das variações de temperatura e de umidade (Medina et al., 1978).
1.2 Hospedeiros
Essa broca possui poucos hospedeiros, restringindo-se ao abacaxizeiro e a espécies nativas de bromeliáceas.
1.3 Danos
As lagartas preferem a parte mediana e inferior da inflorescência, podendo destruir as flores, os brotos, superficialmente o pedúnculo e até penetrar no limbo foliar de plantas e mudas (Sanches et al., 1985; Chalfoun & Santa Cecília, 1987).
Geralmente, as larvas atacam inicialmente a parte externa da inflorescência, preferencialmente na base das escamas, local mais tenro que favorece a penetração. Com a destruição do tecido parenquimatoso, ocorre a exsudação de uma resina incolor, que se solidifica em contato com o ar, formando massas ou bolhas irregulares que chegam a atingir 4 cm, tornando-se marrom-escuras e que permanecem aderidas à superfície da inflorescência, resultando no sintoma conhe-cido por "resinose" (Fig. 3). As galerias formadas dentro dos frutos, também ficam cheias dessa resina, que acaba originando odor e sabor desagradáveis, o que torna o fruto impróprio para o consumo. Deve-se ressaltar que esse sintoma é muito parecido com o denominado fusariose, causado pelo fungo Fusarium moniliforme. Quando contaminado com essa doença, o fruto, também, exsuda uma resina; neste caso, porém, ela emerge do centro dos frutilhos, enquanto no caso da broca-do-fruto ela surge entre os frutilhos (Fonseca, 1937; Heinrich, 1947; Leiderman & Vasconcellos, 1955; Sampaio, 1975).
Com o aumento da pluviosidade, no período de desenvolvimento da inflorescência, segundo Choairy & Aguilar (1980), ocorre menor incidência da broca-do-fruto, fato que pode ser atribuído à diminuição da emergência de adultos em decorrência da morte das pupas, motivada por ataque de fungos ou, ainda, por asfixia, em virtude do acúmulo de água nas axilas das folhas.
1.4 Medidas de controle
A seguir, são apresentadas as principais medidas de controle dessa praga.
1.4.1 Controle cultural
· Rotação de culturas: T. basalides apresenta poucos hospedeiros além dos abacaxizeiros; portanto, se o agricultor efetuar uma rotação com outra cultura poderá desfavorecer o desenvolvimento deste inseto no transcorrer do ano, reduzindo a taxa de crescimento de sua população, o que conseqüentemente se refletirá, nos próximos plantios, em menores danos.
· Destruição de frutos atacados: Os frutos atacados devem ser coletados e destruídos, se possível queimados, com o intuito de se eliminar os insetos presentes, evitando-se assim a sua disseminação e elevados níveis populacionais das futuras gerações.
· Alteração no período de diferenciação floral: Algumas substâncias químicas, como o ácido indol acético e beta,hidroxietilhidrazina, podem ser utilizadas para indução do florescimento, de tal forma que esta fase coincida com o inverno, época em que se verifica baixa população da broca, de modo a se obter menor ataque da praga e, conseqüentemente, menores prejuízos.
1.4.2 Controle biológico
Encontram-se na literatura citações sobre o parasitismo de lagartas de T. basalides por Tetrastichus gahani Lima & Guitton, 1962 (Hymenoptera: Eulophidae), Heptasmicra sp., Metadontia cuvidentata Cameron (Hym.: Chalcididae) e Drino heinrichi Lima, 1947 (Diptera: Tachinidae) e sobre a predação por Polistes rubiginosus (Hym.: Vespidae) (Silva et al., 1968; Sanches, 1985).
O controle biológico desta praga mais comumente divulgado é o artificial, através do uso de Bacillus thuringiensis Berliner, (Bth), onde os produtos aplicados em pulverização apresentam eficiência da ordem de 80% (Bth 3,2 PM, na dose de 600 g de produto comercial por ha; Bth 4L - 1.140 ml p.c./ha; Bth 352 P-30 kg p.c./ha). Recomenda-se efetuar estas aplicações em intervalos de sete a dez dias, desde o início da diferenciação floral até o fechamento das últimas flores (Campos et al., 1981; Salomão, 1981; Silveira & Silva, 1993).
Vários autores recomendam a mistura de B. thuringiensis com outros inseticidas; nestes casos as misturas utilizadas têm sido as seguintes: Bth 3,2 PM (0,6 kg p.c./ha) + carbaryl 48 SC (750 ml p.c./ha) e Bth 3,2 PM (0,6 kg p.c./ha) + methomyl 21,5 SC (750 ml p.c./ha).
1.4.3 Controle químico
Controle eficiente da broca-do-fruto tem sido conseguido através de pulverizações com produtos como carbaryl PM (260 g de ingrediente ativo/100 l de água), parathion methyl CE ou diazinon CE (90 ml i.a./100 l de água) (Suplicy Filho et al., 1966; Reis, 1981).
Na ausência de chuvas, podem-se utilizar inseticidas em pó, como carbaryl a 7,5% ou parathion methyl 1,5P, na base de 1 g de p.c./planta (Cunha et al., 1994); porém, Silva & Silveira (1993) verificaram baixa eficiência do carbaryl, da ordem de 41%, quando aplicado em polvilhamento.
Essas aplicações devem ser efetuadas no início da diferenciação floral, no "olho" da planta, até o fechamento das últimas flores, em intervalos de dez a 15 dias, num total de três ou quatro aplicações (Sanches, 1991).
2. COCHONILHA-DO-ABACAXI
A cochonilha-do-abacaxi, Dysmicoccus brevipes, conhecida pelos agricultores como pulgão-branco ou piolho-branco, encontra-se presente em praticamente todo o território brasileiro, sendo considerada como uma das principais pragas do abacaxizeiro.
Com respeito aos prejuízos, essa praga chegou a danificar em 30,9% as plantações da cultivar Smooth Cayenne no Estado da Paraíba (Choairy et al., 1984); esse prejuízo, porém, pode atingir até 50%, segundo Py et al. (1984).
2.1 Descrição, biologia e comportamento
As fêmeas adultas dessa espécie medem ao redor de 1 mm de comprimento, apresentam coloração rósea, corpo oval e são recobertas por secreção pulverulenta de cera branca que circunda o corpo do inseto, formando 34 prolongamentos de tamanho e espessuras iguais, sendo os quatro posteriores maiores e mais robustos; com essa secreção, elas medem cerca de 3 mm de comprimento (Fig. 4). Os machos adultos são menores, alados, com um par de filamentos caudais longos, têm vida curta, normalmente de dois a três dias, e fecundam, em média, duas fêmeas. Os ovos são elípticos, com córion liso e de coloração amarelo-alaranjada; cada fêmea coloca em média 295 ovos (Menezes, 1973) durante o período de oviposição, que varia de 22 a 40 dias. Após a oviposição, as formas jovens já se encontram formadas no interior dos ovos, e entre 10 e 50 minutos após a postura eclodem as ninfas (Santa Cecília & Reis, 1985).
Os ciclos completos das fêmeas virgens, das fecundadas e dos machos desta cochonilha apresentam durações médias de 63,5, 57,9 e 27,8 dias, respectivamente, em condições controladas de 25,5 oC e UR de 73,5%. Nessa espécie, o acasalamento é necessário para que haja reprodução; a fêmea é ovovivípara e a razão sexual é de, aproximadamente, um macho para duas fêmeas. As fêmeas sofrem três ecdises antes de alcançarem a maturidade e durante os três estádios de vida, alimentam-se normalmente, enquanto os machos sofrem quatro ecdises antes de se transformarem em adultos, alimentando-se apenas durante o primeiro e parte do segundo ínstar (Menezes, 1973).
Esses insetos vivem em colônias, sendo normalmente encontrados sugando seiva nas raízes e nas axilas das folhas; com o aumento populacional eles passam a atacar também os frutos, as cavidades florais e a parte superior das folhas e mudas (Giacomelli, 1969).
Como muitos homópteros, a cochonilha-do-abacaxi vive em simbiose com várias espécies de formigas, as quais se nutrem de substâncias adocicadas produzidas pelo inseto, como Brachymyrmex admotus Mayr, 1887, Camponotus cingulatus Mayr, 1862, Crematogaster quadriformis gracilior Forel, 1901, Odontomachus haematodus L., Paratrechina fulva Mayr, 1862, Pheidole megacephala, Wasmannia auropunctata Roger, 1863 e a conhecida "lava-pé", Solenopsis saevissima F. Smith, 1855 (Silva et al., 1968; Menezes, 1973; Giacomelli, 1974).
Em média, o ciclo biológico de D. brevipes varia de 40 a 60 dias, sendo os períodos quentes e úmidos os que oferecem condições mais favoráveis ao seu desenvolvimento.
Ullah et al. (1993) verificaram que o ciclo de vida desse inseto, alimentando-se de folhas de Psidium guajava, em laboratório, variou de 24 a 28,3 dias, e que as ninfas de primeiro ínstar apresentam uma tendência de se agregarem ao redor do corpo da mãe.
2.2 Hospedeiros
Essa praga, além da sua ampla distribuição, é capaz de se hospedar, principalmente nas raízes, em grande número de plantas, tais como algodoeiro, abacateiro, amendoim, amoreira, ananás, arroz, bananeira, batata, cajueiro, cana-de-açúcar, diversos capins, caquizeiro, citrus, coqueiro anão, coqueiro-da-baía, Cyperus spp., dendezeiro, fruteira-de-conde, Hybiscus spp., jabuticabeira, milho, palmeira, soja, tamareira, tiririca e sapé (Silva et al., 1968).
2.3 Danos
As cochonilhas, ao sugarem a seiva, injetam toxinas que podem provocar alterações no metabolismo da planta, podendo levá-la à morte. O sintoma provocado pela inoculação desta toxina é vulgarmente conhecido por "murcha-do-abacaxizeiro" e pode estar associado a agentes viróticos. Dentre as cultivares mais comercializadas, a Smooth Cayenne mostra-se mais suscetível, quando comparada à Pérola, que se revela mais resistente (Cunha et al., 1994).
Em plantas adultas de Smooth Cayenne, Carter (1933) descreveu quatro estágios da seqüência sintomatológica da "murcha": inicialmente, as folhas ficam vermelho-bronzeadas e flácidas; posteriormente, os bordos ficam enrolados, com suas extremidades curvadas para baixo e adquirem coloração vermelho-amarelada; a seguir, as margens das folhas tornam-se amarelas e sua parte mediana rosa-vivo; no último estágio, as folhas encontram-se ressecadas, cor de palha e o sistema radicular muito debilitado.
Em outro trabalho, Celestino et al. (1989) relataram que a incidência da cochonilha deixa as folhas das plantas vermelhas, passando a róseas e amarelas, eretas, encurvadas para baixo, apresentando tricomas e frutos murchos, pequenos e com cerosidade; esses autores alertam para o fato de que a coloração vermelha das folhas (vermelho-vinho) pode ser sintoma de deficiência de cobre, mas que, neste caso, os frutos não ficam deformados, nem pequenos, duros ou com cerosidade e os tricomas permanecem normais.
O período de tempo entre a infestação e o aparecimento da doença depende muito das condições em que se encontram as plantas de abacaxi, porém, normalmente, a sintomatologia fica evidente dois a três meses após a infecção, em plantas de cinco meses de idade, e em quatro a cinco meses, naquelas infectadas aos nove meses de idade (Piza Júnior, 1969; Cunha et al., 1994).
2.4 Medidas de controle
Os seguintes métodos de controle são recomendados para essa praga:
2.4.1 Controle cultural
· Destruição dos restos culturais: Como o inseto pode permanecer alojado nos restos da cultura anterior, é importante que se destrua esse material, pois isso irá colaborar com seu controle, por promover menor incidência inicial da praga no novo cultivo.
· Emprego de mudas isentas da praga: Tal prática evita a disseminação da praga de uma região para outra e colabora, evidentemente, para que sua ocorrência inicial, em novos cultivos, seja baixa.
· Irrigação: A água abundante sobre a cultura, segundo Santa Cecília et al. (1991), provoca sensível redução da infestação da praga, possivelmente, devido sua retirada das plantas pela lavagem, morte por afogamento e, até, por ação de agentes entomopatogênicos que se desenvolvem melhor nestas condições de alta umidade.
2.4.2 Controle biológico
A cochonilha D. brevipes é parasitada por Anagyrus coccidivorus Dozier, A. pseudococci Girault, 1915 (Hymenoptera: Encyrtidae), Baeoplatycerus viriosus De Santis (Fig. 5), Hambletonia pseudococcina Compère, 1936 (Hym.: Encyrtidae) e Anastatus anonatis Gahan, 1949 (Hym.: Eupelmidae); é predada por larvas de Pseudiastata brasiliensis Lima, 1937, P. nebulosa Coquillett, 1908 (Diptera: Drosophilidae) e Ceratobaeus sp. (Hym.: Scelionidae); e por larvas e adultos de Hyperapsis quinquenotata Mulsant, 1850, Cryptolaemus montrouzieri Mulsant e Scymnus sp. (Coleoptera: Coccinellidae) (Silva et al., 1968; Menezes, 1973; Santa Cecília & Reis, 1985).
A ocorrência de microhimenópteros parasitando a cochonilha, em casa de vegetação, foi constatada por Sanches (1993), que encontrou as espécies H. pseudococcina e Procheiloneurus sp. (Hym.: Encyrtidae) e Signiphora sp. (Hym.: Signiphoridae).
2.4.3 Controle químico
Inicialmente, as cochonilhas podem ser controladas através do tratamento das mudas pela fumigação com brometo de metila a 40 g/m3. Com este produto e uma exposição de duas horas, Petty (1984) conseguiu eliminar a praga sem afetar as plantas. A fumigação por oito horas, entretanto, resultou numa redução significativa da razão de crescimento da planta.
Além desse produto, pode ser efetuada a fumigação, utilizando-se pastilhas de fosfina; Melo et al. (1991) relatam que as doses de 1 g, 2 g e 3 g/m3, após 72 horas de exposição, apresentam uma eficiência de 100% no controle de D. brevipes, entretanto, doses de 2 g e 3 g/m3 provocam fitotoxicidade às plantas.
O tratamento de mudas através da imersão em inseticidas, também, pode ser realizado com boa eficiência, empregando-se diazinon (90 ml i.a./100 l de água), ethion (75 ml i.a./100 l de água), fenitrothion (15 ml i.a./100 l de água), fenpropathrin (80 g i.a/100 l de água), monocrotophos e parathion methyl (90 ml i.a./100 l de água) vamidothion (30 ml i.a./100 l de água) (Emater, 1980; Santa Cecília et al., 1989; Santa Cecília & Rossi, 1991; Santa Cecília & Sousa, 1993). Após esse tratamento, as mudas devem ser espalhadas à sombra, para sua completa secagem.
O tratamento preventivo pode ser realizado nas mudas ainda na planta mãe, após a colheita dos frutos, exigindo menor dispêndio de mão-de-obra, empregando-se alguns dos produtos anteriormente mencionados.
Após a instalação da cultura, o controle das cochonilhas pode ser efetuado com inseticidas aplicados em pulverização ou com produtos granulados.
Em pulverização, recomenda-se o uso dos produtos diazinon (90 ml i.a./100 l de água), dimethoate (60 ml i.a./100 l de água), fenitrothion (15 ml i.a./100 l de água), fenpropathrin (80 g i.a/100 l de água), parathion ethyl ou methyl (90 ml i.a./100 l de água), vamidothion (30 ml i.a./100 l de água) (Emater, 1980; Santa Cecília & Sousa, 1993; Cunha et al., 1994). Enquanto não se dispõe de informações suficientes para o manejo integrado dessa praga, a maioria dos pesquisadores recomenda o tratamento preventivo entre 60 e 150 dias após o plantio, aplicando-se cerca de 50 a 70 ml de solução/ planta.
Outra forma de controle químico, já mencionada, é o uso de inseticidas granulados que apresentam boa eficiência e efeito residual mais longo que os aplicados em pulverização. Estes produtos devem ser empregados nos períodos chuvosos, para facilitar sua dissolução e absorção pela planta. Os produtos mais recomendados são o aldicarb e o dissulfoton; nesse caso, as aplicações devem ser efetuadas diretamente sobre a planta (Cunha et al., 1994).
Para se evitar maior disseminação da cochonilha, deve-se, também, controlar as formigas, o que pode ser conseguido com a aplicação dos produtos granulados já citados, além de se efetuar bom preparo do solo, para destruir seus ninhos.
3. BROCA-DO-TALO
A broca-do-talo, Castnia icarus, também denominada vulgarmente broca-do-olho ou broca-gigante, somente é encontrada na cultura do abacaxizeiro nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, podendo ser considerada importante devido ao seu potencial de infestação em várias regiões produtoras.
Warumby et al. (1991a) constataram que na região de Riacho das Almas, PE, esta praga aumenta sua incidência nos meses em que as precipitações são mais elevadas, apresentando picos populacionais em junho e agosto.
Sanches & Cabral (1995) observaram, na região Norte e Nordeste do Brasil, que as plantas da cultivar Perolera foram bastante infestadas pela praga, com 22,9% de ataque, enquanto as cultivares Primavera, Smooth Cayenne e Pérola apresentaram infestações de 15,6%, 9,1% e 2,9%, respectivamente.
3.1 Descrição, biologia e comportamento
Os adultos dessa espécie possuem hábito diurno e medem aproximadamente 3,5 cm de comprimento por 10 cm de envergadura; as asas anteriores apresentam coloração marrom e três faixas brancas características, enquanto as posteriores são de cor vermelha intensa, com bordo e faixas escuros (Fig. 6).
As fêmeas realizam a postura, geralmente, no terço inferior das folhas. As lagartas recém-eclodidas perfuram inicialmente as folhas e vão penetrando até atingir o caule; elas são branco-amareladas e chegam a medir de 6 a 8 cm de comprimento, no final de seu desenvolvimento; neste último ínstar, a lagarta passa a tecer um casulo com fibras do talo, no interior do qual passa à fase de pupa.
A biologia da broca-do-talo foi estudada por Warumby et al. (1993) que relatam o seguinte: período de incubação dos ovos - de 7 a 13 dias; período larval - 180 dias; período pré-pupal - três dias; período pupal - de 30 a 60 dias; longevidade de adultos - de 10 a 15 dias; duração média do ciclo em laboratório - 256 dias. Sob condições normais de ambiente, Silva (1995) verificou um ciclo médio, de ovo a adulto, de 138,8 dias e um período larval médio de 87,3 dias.
3.2 Hospedeiros
Castnia icarus tem sido relatada em alguns hospedeiros como ananás, bananeira e Musaceae (Silva et al., 1968).
3.3 Danos
Essa praga ataca o talo da planta abrindo enormes galerias (Fig. 7) e provocando o seu definhamento gradativo. A planta, antes de morrer, normalmente emite uma brotação lateral (Cunha et al., 1994). Convém ressaltar que alguns autores já encontraram lagartas no interior do fruto, sem no entanto constatarem galerias no pedúnculo.
Tanto em mudas como em plantas em crescimento, ocorre destruição da parte central da roseta foliar, do talo, exsudação de resina e, em seguida, a morte; nos frutos, os danos são irreversíveis (Silva, 1995).
3.4 Medidas de controle
O controle desse inseto pode ser efetuado através dos seguintes métodos:
3.4.1 Controle mecânico
Deve-se efetuar inspeção periódica na área de cultivo e ao se detectar sua presença, deve-se arrancar as plantas atacadas, cortar o caule, localizar a lagarta e destruí-la.
3.4.2 Controle biológico
No Estado de Pernambuco, Warumby et al. (1991b) encontraram lagartas de último ínstar de C. icarus parasitadas por Apanteles spp. (Hymenoptera: Braconidae). Nesse mesmo Estado, Silva (1995) verificou a patogenicidade de Beauveria bassiana (Bals.) e Metarhyzium anisopliae (Mutsch.) sobre lagartas de segundo ínstar, em laboratório, constatando mortalidade de 54% e 68,8%, respectivamente, o que sugere a possibilidade futura do uso desses microrganismos no controle dessa praga.
3.4.3 Controle químico
São recomendados os mesmos produtos utilizados em pulverização para o controle de D. brevipes.
4. BROCA-DO-COLO
Uma das primeiras observações da broca-do-colo, Paradiophorus crenatus, data de 1946, quando Falanghe (1948) constatou seu ataque na região de Limeira, SP, porém, sem causar prejuízos sensíveis às plantações.
Sua ocorrência tem se restringido aos estados de São Paulo e Mato Grosso.
4.1 Descrição
O adulto apresenta comprimento variável entre 22 a 25 mm, coloração preta, brilhante, cabeça prolongada para frente, em um típico rostro, com sulcos largos e profundos nos élitros (Fig. 8).
4.2 Danos
Os ovos, de cor branca, são colocados na região do coleto, em orifícios. As larvas iniciam a abertura de galerias, cujo diâmetro vai aumentando até atingir 15 mm, podendo ser encontradas de uma a seis larvas por planta; suas galerias são obstruídas com uma serragem filiforme e grosseira. Ao final do período larval, elas praticamente já seccionaram a planta, na porção situada abaixo da superfície do solo, permanecendo somente uma camada fina sustentando a planta; a seguir, tecem um casulo em cujo interior transformam-se em pupas, de onde emergem os adultos (Falanghe, 1948; Gallo et al., 1988).
Durante a fase de ataque das larvas (Fig. 9), a planta não apresenta um quadro de sintomas muito claro; posteriormente, porém, devido à reação da própria planta, percebem-se alguns sintomas como seca das extremidades das folhas e amarelecimento geral da planta (Falanghe, 1948).
As plantas atacadas têm a formação dos frutos, que podem ficar secos, muito prejudicada. Essas plantas, pela falta de apoio, quebram-se com muita facilidade.
4.3 Medidas de controle
Segundo Medina et al. (1978), não existe controle eficiente para a broca-do-colo; esses autores recomendam a destruição dos restos culturais e a rotação de cultura como medidas alternativas.
5. PERCEVEJO-DO-ABACAXI
O percevejo-do-abacaxi, Lybindus dichrous, tem sido observado causando prejuízos em algumas regiões dos estados de São Paulo e Mato Grosso.
5.1 Descrição, comportamento e danos
O adulto apresenta a cabeça de cor vermelho-escura, pronotos pretos, com margens laterais amarelo-avermelhadas e asas pretas. Medem cerca de 11 a 12 mm de comprimento por 4 mm de largura (Fig. 10). As fêmeas colocam os ovos na parte inferior do pedúnculo, na base da infrutescência; esses ovos são inicialmente de coloração castanho-clara e vão se tornando escuros, quase pretos, próximo à eclosão das ninfas; estas são avermelhadas, passando a pretas no final do desenvolvimento (Mariconi, 1953; Reis, 1981).
Os percevejos jovens e adultos agrupam-se na parte inferior do pedúnculo da infrutescência e aí permanecem, escondidos, sugando a seiva; podem atacar o fruto. O fato de cada planta abrigar muitos insetos faz com que a infrutescência não se desenvolva ou cresça pouco e, também, provoca a seca ou apodrecimento do pedúnculo. É interessante ressaltar que esses insetos não atacam as plantas sem frutificação e que o abacaxizeiro parece ser a única planta hospedeira dessa espécie, o que a torna uma praga em potencial.
Com altas precipitações, ocorre uma queda acentuada no nível populacional desse inseto (Mariconi, 1953).
5.2 Medidas de controle
Como método preventivo, aconselha-se efetuar a eliminação dos restos culturais. Como controle químico, recomendam-se os mesmos produtos utilizados para a broca-do-fruto; além daqueles produtos, Reis (1981) recomenda a utilização de malathion CE na base de 2,0 l/ha.
6. CARUNCHO-DO-ABACAXI
6.1 Descrição e comportamento
O caruncho-do-abacaxi, Parisoschoenus ananasi, é um coleóptero pequeno, medindo 4 mm de com primento, de cor preta, com uma linha branca na base dos élitros (Fig. 11); apresenta a cabeça com o rostro prolongado, sendo facilmente encontrado nas plantas, principalmente nas horas mais quentes do dia.
6.2 Danos
Os carunchos fazem pequenos orifícios na base das folhas, na região não clorofilada, e dois meses após observam-se nesse local manchas arredondadas de cor parda com a porção central deprimida, circundada por um halo clorótico, medindo de 3 a 8 mm de diâmetro. Ao atacarem os frutos, destroem as infrutescências e provocam uma exsudação de resina. Os danos são causados apenas pelos adultos (Giacomelli et al., 1972; Gallo et al., 1988).
6.3 Medidas de controle
Em virtude da inexistência de dados na literatura, recomendam-se os mesmos inseticidas aplicados para o controle da broca-do-fruto.
7. ÁCARO-ALARANJADO
Normalmente, o ácaro-alaranjado, Dolichotetranychus floridanus, é mencionado como sendo de importância secundária para a cultura do abacaxizeiro. Cunha et al. (1994), contudo, relatam que em ataques severos eles podem causar reduções de até 16% na produção.
Essa espécie ocorre em diversos países do mundo, como Havaí, Ilhas Filipinas, Cuba, Panamá, Porto Rico, Honduras, México, Estados Unidos, Japão e África do Sul (Oliveira, 1982).
No Brasil, sua ocorrência é generalizada por todas as regiões produtoras de abacaxi, sendo suas condições de sobrevivência mais favoráveis naquelas em que a temperatura é elevada e a umidade relativa é superior a 45% (Rossetto & Giacomelli, 1966; Sanches & Zem, 1978; Flechtmann, 1979; Veiga, 1980).
7.1 Descrição e comportamento
D. floridanus é reconhecido por apresentar o corpo alongado, achatado e com coloração vermelho-alaranjada. O macho apresenta o corpo afilado na parte posterior. Os ovos apresentam formato oval e cor alaranjada.
Esses ácaros instalam-se nas axilas das folhas basais, provocando lesões de coloração escura.
7.2 Danos
Os maiores prejuízos são notados em plantas jovens, acarretando danos à circulação da seiva e facilitando a entrada de micror-ga-nismos (Py & Tisseau, 1965; Rossetto & Giacomelli, 1966).
Veiga (1980) relata que os danos em plantas jovens, de até 120 dias, surgem com o amarelecimento, seguido de seca da parte apical das folhas da base, podendo levar a planta à morte; já em plantas adultas, ocorre um amarelecimento, algumas vezes causando murcha, sem contudo acarretar a morte da planta.
Segundo Ventura et al. (1980), o aparecimento da gomose, pelo agente causador Fusarium moniliforme, está relacionado com a presença do ácaro-alaranjado.
7.3 Medidas de controle
Como controle desse artrópode, recomenda-se a utilização de mudas sadias, que podem ser conseguidas com o mesmo tratamento usado para cochonilhas.
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