quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Propagação da Jabuticabeira


 

Propagação por sementes 

De acordo com Donadio (2000), a propagação por sementes deve ser evitada, sempre que possível, por vários motivos. A propagação por sementes nem sempre assegura a reprodução das características da planta que forneceu a semente, além do que, o início da produção é tardio em relação às plantas propagadas vegetativamente. 

Entre os critérios para a escolha das sementes, recomenda-se que a planta mãe tenha alta produção, boas características para os frutos, sanidade e vigor. Os frutos devem ser colhidos maduros, escolhidos e cortados para extração das sementes. As sementes devem ser selecionadas, eliminando-se as mais leves, danificadas ou de menor tamanho. Para que a germinação seja mais rápida, deve-se retirar a polpa, lavando as sementes com água corrente. 

Recomenda-se a imersão das sementes em água quente a 20 ºC, e o seu tratamento com fungicida em pó. 

A semeadura pode ser feita em recipientes ou canteiros, para posterior plantio em local definitivo. A semeadura é feita colocando-se de 1 a 5 sementes por recipiente, a 1cm de profundidade. No caso dos canteiros, pode-se semear a lanço ou em linha com espaçamentos de 10 a 20 cm. A germinação ocorre de 10 a 40 dias, após o que, se recomenda cuidado com pragas como: lagarta rosca, grilo, vaquinhas e formigas. 

O desbaste deve ser feito quando as mudas estiverem com 5cm, retirando-se as mais fracas, deixando-se uma por recipiente. No canteiro não há necessidade de se desbastar. 

As plantas semeadas em canteiro devem ser transportadas para recipientes após 6 meses a 1 ano. A muda estará formada de 1 a 2 anos. Usualmente, a planta de jabuticaba propagada por semente leva mais de 10 anos para entrar em produção. A estocagem das sementes pode ser feita até por 6 meses, porém, com substantiva redução do poder germinativo. Recomenda-se a estocagem em frasco plástico, a 12 ºC e 85-90% de umidade relativa (Donadio, 2000). 

Propagação vegetativa 

Segundo Donadio (2000), várias técnicas de propagação vegetativa são citadas por vários autores, porém, poucos são os detalhes específicos sobre a propagação vegetativa da jabuticabeira. Entre os métodos citados, estão a garfagem, mergulhia e estaquia. 

De acordo com Mattos, citado por Donadio (2000) a garfagem tipo incrustação no topo, ou inglês complicado deve ser feita em porta-enxerto com 1 ano de idade, no fim do inverno. São utilizados ramos terminais com 0,5cm de diâmetro, que devem ser preparados e encaixados no cavalo perfeitamente. No caso de enxertia por borbulhia. Este autor recomenda cavalos de dois anos e borbulhas de ramos vigorosos, da grossura de 1 lápis. Os ramos devem ser preparados na planta matriz, um mês antes, cortando-se as pontas dos ramos, um mês antes da enxertia, para induzir brotação das gemas. 

As mudas enxertadas ficam prontas para o transplantio aproximadamente após 2 anos. De acordo com estudos relatados por Duarte, citado por Donadio (2000), a propagação por garfagem em fenda é superior à fenda parcial, e borbulhia, que é a pior. A estaquia não produz resultados satisfatórios, mesmo com o uso de estimuladores de crescimento como auxinas. De acordo com estudos desenvolvidos por Andersen & Andersen, citados por Donadio (2000), a jabuticabeira propagada por enxertia começa a produzir após o 5o. ano. 



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