quinta-feira, 2 de julho de 2020

Nutrição, Adubação e Calagem da Goiabeira


Nutrição, Adubação e Calagem

A goiabeira é uma planta pouco exigente em fertilidade do solo, podendo desenvolver-se em solos com pH de 4,5 a 8,0, com faixa ótima de desenvolvimento entre 5,0 e 6,5.
No entanto, para a obtenção e a manutenção de boas produtividades em pomares comerciais, é necessário manter níveis adequados de fertilidade.
Prado e Natale (2004), avaliando os efeitos da calagem sobre o desenvolvimento e a produção da goiabeira, observaram que houve correção da acidez do solo, elevação do pH, do cálcio (Ca) e do magnésio (Mg), aumentando a saturação por bases (V), com incremento da absorção de cálcio e também maior desenvolvimento do sistema radicular.
Concentrações de cálcio no solo de aproximadamente 3,0 cmolc/dm3 e teores desse nutriente de 7,5 g/kg nas raízes promoveram maior crescimento radicular da planta. Os teores foliares de Ca e Mg aumentaram com as doses de calcário. As maiores produções acumuladas de frutos estavam associadas a um valor de V de 50% na linha e de 65% na entrelinha do pomar (NATALE et al., 2007).
À medida que a produção da goiabeira aumenta, aumenta sua necessidade de nutrição, considerando-se que os frutos são grandes consumidores e exportadores de nutrientes. Além disso, a poda extrai
grande quantidade de nutrientes. Os elementos extraídos em maior quantidade pelos frutos na colheita são potássio (K), nitrogênio (N) e fósforo (P), seguidos de enxofre (S), magnésio (Mg) e cálcio (Ca).
Entre os micronutrientes, a sequência é ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu) e boro (B). Na poda de frutificação, os elementos extraídos em maior quantidade são K, N, Ca, Mg, S e P, seguidos dos micronutrientes Mn, Fe, B, Zn e Cu (MAIA et al., 2007).
O cálculo da necessidade de calagem pode ser feito por uma das seguintes fórmulas:

NC (t/ha) = [3 - (Ca2+ + Mg2+)] + 2 x Al3+ x f, em que:
NC = necessidade de calagem, em t/ha.
Ca2+, Mg2+ e Al3+ = teores de Ca, Mg e Al determinados pela análise de solo em cmolc /dm3.
f = 100/PRNT, fator corretivo do calcário.
NC (t/ha) = (V2 - V1)/100 x T em que:
NC = necessidade de calagem, em t/ha.
V2 = saturação de bases a ser atingida.
V1 = saturação de bases atual.
T = CTC do solo.

Recomenda-se aplicar de 20 L a 30 L por planta de esterco de curral bem curtido no plantio e antes das podas de frutificação, conforme a disponibilidade. A adubação com micronutrientes depende dos resultados da análise foliar ou do aparecimento de sintomas de deficiência.
A quantidade de N, P e K requerida e recomendada nas fases de implantação e produção está na Tabela 1.
Na fase de crescimento, as doses de nitrogênio devem ser parceladas em cinco aplicações ao ano em solos argilosos, e em dez aplicações ao ano em solos arenosos, iniciando-se 30 dias depois do plantio. Na fase de produção, 30% do nitrogênio deve ser aplicado depois da poda de frutificação, e os 70% restantes, aplicados de forma decrescente, até 150 dias depois da poda.



A adubação potássica deve ser parcelada em 30% depois da poda, 15% depois do pegamento dos frutos, 25% na fase intermediária de crescimento do fruto e 30% na fase final de crescimento do fruto (antes da maturação).
As doses de fertilizantes fosfatados devem ser aplicadas de uma única vez no plantio e antes de cada poda de frutificação, de acordo com os resultados da análise de solo.


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