domingo, 10 de março de 2019

Doenças na Banana Irrigada



As bananeiras são afetadas, durante todo o seu ciclo vegetativo e produtivo, por um grande número de doenças, cujos principais agentes causais são os fungos, as bactérias e os vírus. Neste capítulo, entretanto, serão tratados os problemas causados por fungos e bactérias.

Doenças fúngicas
Sigatokas amarela e negra
Essas doenças são de grande importância para a bananicultura mundial, mas diante das condições climáticas do Submédio São Francisco, as manchas causadas por Mycosphaerella musicola (sigatoka-amarela) e M. Fijiensis (sigatoka-negra) não têm importância econômica para a produção de banana desta região. A sigatoka-amarela ocorre em baixo nível e a sigatoka-negra ainda não foi constatada.

Mal-do-panamá
O mal-do-panamá é uma doença endêmica por todas as regiões produtoras de banana do mundo. No Brasil, o problema é limitante para o cultivo da banana-maçã, tem se tornado grave sobre as cultivares do tipo Prata, e preocupante em razão das ocorrências cada vez mais frequentes em bananas do tipo Cavendish, que são resistentes.

Agente causal: o mal-do-panamá é causado por Fusarium oxysporum f. sp. cubense (E.F. Smith) Sn e Hansen. As principais formas de disseminação da doença são o contato dos sistemas radiculares de plantas sadias com esporos liberados por plantas doentes e, em muitas áreas, o uso de material de plantio contaminado. O fungo também é disseminado por água de irrigação, de drenagem, de inundação, assim como pelo homem, por animais e equipamentos.

Sintomas: plantas infectadas exibem um amarelecimento progressivo das folhas mais velhas para as mais novas, começando pelos bordos do limbo foliar e evoluindo no sentido da nervura principal. Posteriormente, as folhas murcham, secam e se quebram junto ao pseudocaule, dando às plantas a aparência de um guarda-chuva fechado (Figura 1a). É comum constatar-se que as folhas centrais das bananeiras permanecem eretas mesmo após a morte das mais velhas. Próximo ao solo, observam-se rachaduras do feixe de bainhas (Figura 1b), cuja extensão varia com a área afetada no rizoma. Internamente, observa-se uma descoloração pardo-avermelhada na parte mais externa do pseudocaule provocada pela presença do patógeno nos vasos (Figura 1c).

Foto da planta com mal-do-Panamá.
Figura 1. Planta com mal-do-panamá, exibindo amarelecimento progressivo das folhas mais velhas em direção às mais novas e posterior quebra junto ao pseudocaule (a), rachadura no feixe de bainhas (b) e rizoma completamente tomado de sintomas (c).



Danos e distúrbios fisiológicos: o mal-do-panamá, quando ocorre em cultivares altamente suscetíveis como a banana-maçã, pode provocar perdas de 100% na produção. Já nas cultivares tipo Prata, cujo grau de suscetibilidade é menor do que a ‘Maçã’, as perdas, geralmente, situam-se num patamar dos 20%. Vale salientar, no entanto, que o nível de perdas é influenciado por características de solo, que em alguns casos comporta-se como supressivo ao patógeno.

Controle: o melhor meio para o controle do mal-do-panamá é a utilização de cultivares resistentes, dentre as quais podem ser citadas as cultivares do subgrupo Cavendish e do subgrupo Terra, a ‘Caipira’, ‘Thap Maeo’, ‘BRS Pacovan Ken’, ‘BRS Preciosa’, ‘Fhia-Maravilha’, ‘BRS Platina’ e outras. As cultivares tipo Maçã, como ‘BRS Tropical’ e ‘BRS Princesa’ são tolerantes à doença e têm apresentado boa convivência com o patógeno, podendo tornar-se alternativa para a região do Submédio São Francisco.

Independentemente de se utilizar cultivares resistentes, é importante a adoção de medidas protetivas, tais como as recomendadas abaixo:

a) evitar as áreas com histórico de ocorrência do mal-do-panamá, principalmente no caso do plantio de cultivares com baixa resistência;

b) utilizar mudas comprovadamente sadias e livres de nematoides;

c) corrigir o pH do solo, mantendo-o próximo à neutralidade e com níveis ótimos de cálcio e magnésio, que são condições menos favoráveis ao patógeno;

d) dar preferência a solos com teores mais elevados de matéria orgânica, o que aumenta a concorrência entre as espécies, dificultando a ação e a sobrevivência de F. oxysporum cubense no solo;

e) manter as populações de nematoides sob controle, já que eles podem ser responsáveis pela quebra da resistência ou facilitar a penetração do patógeno, através dos ferimentos;

f) manter as plantas bem nutridas, guardando sempre uma boa relação entre potássio, cálcio e magnésio.

g) erradicar as plantas doentes, utilizando herbicida nos bananais já estabelecidos, e em que a doença começa a se manifestar. Isto evita a propagação do inóculo na área de cultivo. Na área erradicada, aplicar calcário ou cal hidratada e matéria orgânica. Para o replantio, deixar a área em pousio (vegetação espontânea ceifada) por seis meses e replantar com cultivar resistente.

Doenças de frutos
Doenças de pré-colheita
Podem ocorrer sobre os frutos ainda no campo as seguintes doenças: lesão-de-Johnston, causada pelo fungo Pyricularia grisea; mancha-parda, causada por Cercospora hayi; mancha-losango, cujo invasor primário é Cercospora hayi, seguido por Fusarium solani, F. roseum e possivelmente outros fungos; pinta-de-deightoniella, causado pelo fungo Deightoniella torulosa, que é um habitante frequente de folhas e flores mortas; ponta-de-charuto, cujos patógenos mais isolados das lesões são Verticillium theobromae e Trachysphaera fructigena.

Medidas de controle: as práticas utilizadas visam basicamente as reduções do potencial de inóculo, pela eliminação de partes senescentes, e do contato entre patógeno e hospedeiro – a) eliminação de folhas mortas ou em senescência; b) eliminação periódica de brácteas, principalmente durante o período chuvoso; c) ensacamento dos cachos com saco de polietileno perfurado, tão logo ocorra a formação dos frutos; d) implementação de práticas culturais adequadas, orientadas para a manutenção de boas condições de drenagem, densidade populacional adequada, roçagem da cobertura do solo, a fim de evitar um ambiente muito úmido na plantação.

Doenças de pós-colheita
Podem ocorrer: podridão-da-coroa, cujos fungos mais frequentemente associados ao problema são: Fusarium roseum (Link) Sny e Hans., Verticillium theobromae (Torc.) Hughes e Gloeosporium musarum Cooke e Massel (Colletotrichum musae Berk e Curt.). Uma série de outros fungos também tem sido isolada, porém com menor frequência.

A Antracnose é considerada o mais grave problema na pós-colheita desta fruta, sendo causada por Colletotrichum musae.

Controle: deve começar no campo, com boas práticas culturais, ainda na pré-colheita. Na fase de colheita e pós-colheita, todos os cuidados devem ser tomados no sentido de evitar ferimentos nos frutos, que são a principal via de penetração dos patógenos. As práticas de despencamento, lavagem e embalagem devem ser executadas com manuseio extremamente cuidadoso dos frutos e medidas rigorosas de assepsia.

Doenças Bacterianas
Moko
No Brasil, o moko ou murcha bacteriana está presente em todos os estados da região Norte com exceção do Acre. Surgiu também no Estado de Sergipe, em 1987, e posteriormente em Alagoas, onde vem sendo mantida sob controle, mediante erradicação dos focos que têm surgido periodicamente.

Agente causal: a doença é causada pela bactéria Ralstonia solanacearum Smith (Pseudomonas solanacearum), raça 2. A transmissão e a disseminação da bactéria podem ocorrer de diferentes formas, dentre as quais se destaca o uso de ferramentas infectadas nas várias operações que fazem parte do trato dos pomares, bem como a contaminação de raiz para raiz ou do solo para a raiz. Outro veículo importante de transmissão são os insetos visitadores de inflorescências, tais como as abelhas (Trigona spp.), vespas (Polybia spp.), pequenas moscas (Drosophyla spp.) e muitos outros gêneros.

Sintomas: nas plantas jovens e em rápido processo de crescimento, uma das três folhas mais novas adquire coloração verde-pálida ou amarela, e se quebra próximo à junção do limbo com o pecíolo. No espaço de poucos dias a uma semana, muitas folhas se quebram. O sintoma mais característico do moko, entretanto, se manifesta nas brotações novas que foram cortadas e voltaram a crescer. Estas escurecem, atrofiam e podem apresentar distorções. As folhas, quando afetadas, podem amarelecer ou necrosar.

A descoloração vascular do pseudocaule é mais intensa no centro (Figura 2a) e é menos aparente na região periférica, ao contrário do que ocorre na planta atacada pelo mal-do-panamá. Os sintomas em frutos aparecem na forma de podridão seca, firme, de coloração parda (Figura 2b).

Foto do corte realizado em plantas afetadas pelo moko, mostrando a descoloração vascular concentrada no centro do pseudocaule (a) e podridão seca na polpa (b).
Figura 2. Corte realizado em plantas afetadas pelo moko, mostrando a descoloração vascular concentrada no centro do pseudocaule (a) e podridão seca na polpa (b).


Para um teste rápido, destinado a detectar a presença da bactéria nos tecidos da planta, utiliza-se um copo transparente com água até dois terços de sua altura, em cuja parede se adere uma fatia delgada da parte afetada (pseudocaule ou engaço), cortada no sentido longitudinal, fazendo-a penetrar ligeiramente na água. Em menos de um minuto, ocorre a descida do fluxo bacteriano, de coloração leitosa.

Danos e distúrbios fisiológicos: as perdas causadas pela doença podem atingir até 100% da produção, mas com vigilância permanente e erradicação de plantas afetadas, é possível conviver com a doença e mantê-la em baixa percentagem de incidência.

Controle: como na região não há casos relatados de ocorrência de moko, a base do controle é evitar a introdução da doença, não introduzindo na área mudas de bananeira ou de qualquer outra musacea, oriundas das regiões de ocorrência.

Podridão-mole
Agente causal: a podridão-mole é causada pela bactéria Erwinia carotovora subsp. Carotovora, ainda considerada de importância secundária.

Sintomas: a doença inicia-se no rizoma, causando seu apodrecimento, progredindo posteriormente para o pseudocaule. Ao se cortar o rizoma ou pseudocaule de uma planta afetada, pode ocorrer a liberação de grande quantidade de material líquido fétido, daí o nome podridão aquosa. Na parte aérea, os sintomas podem ser confundidos com aqueles do moko ou mal-do-panamá. A planta, normalmente, expressa sintomas de amarelecimento e murcha das folhas podendo ocorrer quebra da folha no meio do limbo ou junto ao pseudocaule. Os sintomas são mais típicos em plantas adultas, mas tendem a ocorrer com maior severidade em plantios jovens estabelecidos em solos infectados, devido à presença de ferimentos gerados pela limpeza das mudas.

Controle: nas ações de controle, deve-se observar: 1) manejar corretamente a irrigação, de modo a evitar excesso de umidade no solo; 2) eliminar plantas doentes ou suspeitas, procedendo-se a vistorias periódicas da área plantada; 3) utilizar, em lugares com histórico de ocorrência de doenças, mudas já enraizadas, para prevenir infecções precoces; 4) utilizar práticas culturais que promovam a melhoria da estrutura e aeração do solo.

Viroses
No Brasil, ocorrem, na cultura da bananeira, o vírus das estrias da bananeira e o vírus do mosaico do pepino.

Estrias da bananeira – BSV (Banana Streak Virus)
O vírus das estrias da bananeira (Banana streak virus, BSV) é disseminado pelo plantio de mudas infectadas. Na natureza, ele é transmitido de bananeira para bananeira pela cochonilha Planococcus citri, mas essa forma de transmissão é pouco eficiente.

O BSV produz inicialmente estrias amareladas nas folhas, que, posteriormente, ficam escurecidas ou necrosadas (Figuras 3a e 3b). Pode ocorrer a deformação dos frutos e a produção de cachos menores. As plantas apresentam menor vigor, podendo em alguns casos ocorrer a morte do topo da planta, assim como a necrose interna do pseudocaule. Geralmente, os sintomas são percebidos apenas em alguns períodos do ano.

Foto da folha de bananeira com sintomas do vírus das estrias da bananeira (Banana streak virus, BSV): a) estrias cloróticas e b) estrias necróticas.
Figura 3. Folha de bananeira com sintomas do vírus das estrias da bananeira (Banana streak virus, BSV): a) estrias cloróticas e b) estrias necróticas.

Mosaico, clorose infecciosa ou “heart rot” – CMV (Cucumber mosaic virus)
Esta virose é causada pelo vírus do mosaico do pepino (Cucumber mosaic virus, CMV), que é transmitido na natureza por várias espécies de afídeos e pelo uso de mudas infectadas. A fonte de inóculo para a infecção de novos plantios de bananeira provém, geralmente, de outras culturas próximas aos plantios ou de plantas infestantes presentes no bananal ou na sua proximidade, especialmente trapoeraba ou maria-mole (Commelina diffusa).

Os sintomas da infecção pelo CMV variam de estrias amareladas, mosaico, redução de porte, folhas lanceoladas, necrose do topo, assim como pode haver distorção dos frutos, com o surgimento de estrias cloróticas ou necrose interna. A necrose da folha vela e do pseudocaule pode acontecer quando ocorrem na região temperaturas abaixo de 24ºC (Figura 4).

Foto da folha de bananeira com sintomas causados pelo vírus do mosaico do pepino (Cucumber mosaic virus, CMV): a) mosaico e b) necrose da folha vela.
Figura 4. Folha de bananeira com sintomas causados pelo vírus do mosaico do pepino (Cucumber mosaic virus, CMV): a) mosaico e b) necrose da folha vela.

O CMV virose está presente nas principais áreas produtoras de bananeira, podendo provocar perdas elevadas em plantios novos, especialmente quando eles são estabelecidos em áreas com elevada incidência de trapoeraba, alta população de pulgões e próximas a culturas hospedeiras da virose, como as hortaliças.

Controle:

utilizar mudas livres de vírus. A instrução normativa Nº 29 de 29/02/2012 do Ministério da Agricultura (BRASIL, 2012) determina que as mudas de bananeira devem estar livres de CMV e BSV, assim como as condições nas quais elas precisam ser produzidas;
evitar a instalação de bananais próximos a plantios de hortaliças e cucurbitáceas (hospedeiras de CMV);
controlar as plantas infestantes dentro e em volta do bananal;
erradicar as plantas com sintomas nos plantios já estabelecidos;
manter o bananal com suprimento adequado de água, adubação e controle de pragas, para evitar estresse;
se utilizar mudas micropropagadas para a instalação de um bananal, é importante que sejam mantidas em viveiro à prova de pulgões até atingirem cerca de 1 metro de altura, pois se tornam menos atrativas para os pulgões vetores do CMV.
Nematoides
Os nematoides são microrganismos tipicamente vermiformes que, em sua maioria, completam o ciclo de vida no solo. Sua disseminação é altamente dependente do homem, seja por meio de mudas contaminadas, deslocamento de equipamentos de áreas contaminadas para áreas sadias, ou por meio da irrigação e/ou água das chuvas.

A infecção por nematoides provoca redução no porte da planta, amarelecimento das folhas, seca prematura, má formação de cachos, refletindo em baixa produção e reduzindo a longevidade dos plantios. Nas raízes, podem ser observados o engrossamento e nodulações, que correspondem às galhas e massa de ovos, devido à infecção por Meloidogyne spp. (nematoide-das-galhas) ou mesmo necrose profunda ou superficial provocada pela ação isolada ou combinada das espécies Radopholus similis (nematoide cavernícola), Helicotylenchus spp. (nematoide espiralado), Pratylenchus sp. (nematoide das lesões), ou Rotylenchulus reniformis (nematoide reniforme), que são os mais frequentes na bananicultura brasileira e mundial. Esses nematoides contribuem para a formação de áreas necróticas extensas que podem também ser parasitadas por outros microrganismos.

Os danos causados pelos fitonematoides podem ser confundidos ou agravados com outros problemas de ordem fisiológica, como estresse hídrico, deficiência nutricional, ou pela ocorrência de pragas e doenças de origem virótica, bacteriana ou fúngica, devido à redução da capacidade de absorver água e nutrientes, pelo sistema radicular. Quando associados ao ataque da broca do rizoma o diagnóstico pode ser atribuído somente à broca devido à facilidade de visualização das cavidades formadas pelas larvas. A sustentação da planta é também bastante comprometida. A diagnose correta deve ser realizada por meio de amostragem de solo e raízes e do conhecimento da cultivar utilizada, uma vez que há variabilidade no nível de dano entre as cultivares de bananeira.

Controle: após o estabelecimento de fitonematoides no bananal, o seu controle é muito difícil. Portanto, a medida mais eficaz é a utilização de mudas sadias, micropropagadas, e o plantio em áreas livres de nematoides. O descorticamento do rizoma combinado com o tratamento térmico ou químico pode reduzir sensivelmente a população de nematoides nas mudas infestadas. Neste caso, após limpeza, os rizomas devem ser imersos em água limpa à temperatura de 55 ºC por 20 minutos.

Em solos infestados, a utilização de plantas antagônicas, como crotalária (Crotalaria spectabilis, C. paulinea), incorporadas ao solo antes do seu florescimento, pode reduzir a população dos nematoides e favorecer a longevidade da cultura. Em pomares já instalados, a eficiência desta estratégia está relacionada principalmente com o nível populacional, tipo de solo e idade da planta, sendo recomendado o plantio dessas espécies ao redor das bananeiras. A utilização de matéria orgânica junto ao rizoma é mais benéfica que a matéria orgânica depositada entre as linhas de cultivo. Entre outros benefícios da utilização da matéria orgânica, a presença de numerosos outros organismos no solo é favorecida para o processo de manutenção e estabilidade da cadeia alimentar. Pois objetiva-se com esse manejo manter a população de fitoparasitas abaixo do nível de dano, o que poderá ser alcançado somente por meio de mecanismos de supressão natural atribuída a esses microrganismos, favorecendo o controle biológico. Contudo, deve-se considerar diferentes respostas na ecologia do solo, principalmente aqueles onde existia utilização frequente de pesticidas.

Para evitar a disseminação dos nematoides, por meio de equipamentos de desbrota ou capinas, recomenda-se a lavagem completa e a desinfestação superficial dos equipamentos com solução de formaldeído (20 g/L). Esses tratos culturais devem, sempre que possível, ser iniciados em áreas de melhor condição nutricional e sanitária. Desta forma, evita-se a disseminação de pragas e doenças passíveis de serem encontradas em áreas menos vigorosas para as áreas mais vigorosas.





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