A produção de mudas de goiabeira pode ser feita tanto por métodos sexuados (sementes) quanto por métodos vegetativos (enxertia e estaquia herbácea).utilização de sementes no processo de formação de mudas vem sendo substituída pelos métodos de propagação vegetativa,
que reduzem a variabilidade das plantas e dos frutos nos pomares.
As sementes são utilizadas somente para a formação dos porta-enxertos, durante o processo de enxertia (garfagem e/ou borbulhia).
Comercialmente, a estaquia herbácea e a enxertia são os métodos mais utilizados.
A enxertia pode ser por garfagem de fenda cheia ou por borbulhia.
O porta-enxerto é formado por sementes retiradas de frutos maduros, provenientes de plantas matrizes sadias, precoces e com boas condições fitossanitárias.
As sementes devem ser retiradas, despolpadas, secadas à sombra e tratadas com fungicidas, antes de serem semeadas.
A semeadura é feita em sacos de plástico contendo a mistura de terra de barranco + esterco de curral + areia (4:2:1 v/v), nos quais devem ser colocadas três ou quatro sementes.
Quando as mudas tingirem a altura de 8 cm a 10 cm, será feito o desbaste, para deixá-las mais vigorosas.
Em regiões tropicais com irrigação, a semeadura pode ser feita em qualquer período do ano; entretanto, nas regiões com clima mais ameno, deve-se fazer a semeadura no início da primavera (GONZAGA NETO;SOARES, 1994).
No momento da enxertia, o porta-enxerto deve apresentar diâmetro entre 10 mm e 12 mm. Os garfos ou borbulhas devem ter o mesmo diâmetro do porta-enxerto e devem ser provenientes de ramos maduros (de 8 a 10 meses de idade).
Depois da realização da enxertia, quando a mudaatingir de 40 cm a 50 cm de altura, e transcorridos de 18 a 26 meses da semeadura do porta-enxerto, a muda poderá ser aclimatada e plantada em local definitivo (GONZAGA NETO; SOARES, 1995).
Depois da realização da enxertia, quando a mudaatingir de 40 cm a 50 cm de altura, e transcorridos de 18 a 26 meses da semeadura do porta-enxerto, a muda poderá ser aclimatada e plantada em local definitivo (GONZAGA NETO; SOARES, 1995).
A estaquia é um método de propagação bastante utilizado em fruticultura, por manter as características genéticas da planta- mãe, gerando maior uniformidade dos pomares, além de aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos frutos. As estacas são retiradas da extremidade de ramos novos da planta-mãe e devem ter dois nós, 12 cm de comprimento e dois pares de folhas cortadas ao meio.
Um corte em bisel é feito na base da estaca para aumentar a área de enraizamento. Como as estacas são sensíveis à perda de água e ao ressecamento, devem ser colocadas em câmara de nebulização intermitente, com temperatura e umidade controladas.
Não há necessidade de aplicar reguladores de crescimento nas estacas.
Um corte em bisel é feito na base da estaca para aumentar a área de enraizamento. Como as estacas são sensíveis à perda de água e ao ressecamento, devem ser colocadas em câmara de nebulização intermitente, com temperatura e umidade controladas.
Não há necessidade de aplicar reguladores de crescimento nas estacas.
Elas podem ser plantadas em bandejas, ou em canteiros, ou diretamente em sacos de polietileno, contendo como substrato a vermiculita ou a palha de arroz carbonizada.
Depois do enraizamento, de 60 a 75 dias depois do início do processo de preparo das mudas, faz-se a seleção das estacas com melhores desenvolvimento e formação de raízes (MANICA.
As mudas devem ser transplantadas para sacos de polietileno preto, com volume de 2 L a 3 L, preenchidos com terra de barranco, esterco de curral e areia, nas proporções 4:2:1, respectivamente, e mantidas em ambiente protegido, com irrigação controlada, até atingir a altura de 40 cm a 50 cm, durante um período de 4 a 6 meses.
Depois desse período, devem ser aclimatadas gradativamente, até que possam ser plantadas no local.
É preciso lembrar que a utilização de solo como substrato pode favorecer a disseminação do nematoide-das-galhas da goiabeira (Meloidogyne mayaguensis), agente responsável pela destruição de extensas áreas de plantio.
Atualmente, conscientes do problema, viveiristas passaram a utilizar, como substrato, produtos contendo argila expandida ou compostos de resíduos da indústria de celulose.
5 Propagação
5.1 Semente
Apesar de ser ainda utilizada, a propagação por sementes tem reduzida importância, por causa da excessiva variação do tipo de planta que se forma no pomar, dificultando até mesmo o manejo das podas de frutificação.
5.2 Estaquia
A estaquia herbácea é atualmente o método de propagação da goiabeira mais adequado, que consiste na clonagem (multiplicação de uma mesma matriz) por meio do enraizamento de “ramos ponteiros” de uma plana altamente produtiva, da qual são retiradas até duas mil estacas, por ciclo, após a poda. Esse método permite a obtenção de um pomar uniforme, iniciando a primeira safra no oitavo mês após o plantio, uma segunda safra após 18 meses, e a partir daí, de seis em seis meses após a poda.
A muda de estaquia pode ser comercializada no tipo vareta com haste única ou pernada com ramos primários já formados, podendo ser transportada com raiz nua ou em torrão. O processo de produção por mudas de estaquia exige estrutura de controle de umidade e temperatura para garantir o enraizamento.
5.3 Borbulhia
A propagação por enxertia é realizada sob viveiro coberto com tela plástica de 50% de luminosidade. As mudas podem ser feitas por este método, lembrando-se que no verão esse método propicia melhor pegamento. A copa (matriz) é enxertada sobre um cavalo (porta-enxerto) proveniente de semente, o que aumenta o vigor da planta. É o processo mais rápido e eficiente para se propagar uma goiabeira selecionada.
Na borbulhia de placa ou janela aberta, inicialmente fazem- se no porta-enxerto duas incisões transversais e duas longitudinais, retirando-se a casca contida no retângulo, de modo que a área a ser ocupada pela borbulha fique livre. A borbulha ou gema é retirada do ramo fazendo-se duas incisões transversais e duas incisões longitudinais iguais às praticadas no cavalo ou porta- enxerto, de modo a se obter um escudo idêntico à porção de casca dele retirada. A seguir, a borbulha é embutida no retângulo vazio, devendo ficar inteiramente em contato com os tecidos do cavalo. Em seguida, fixa-se o escudo com amarrio.
Os cavalos podem ser enxertados com diâmetro de 1 a 4 cm, sendo o mais indicado com o diâmetro e 1,5 a 2,5 cm. A altura mais indicada para se colocar a gema varia de 10 a 12 cm acima do solo.
Na borbulhia simples ou T normal, a casca do portaenxerto recebe uma incisão em forma de T, na qual se insere a borbulha retirada da planta-matriz, levando-se os bordos da casca que se encontram no ponto e bifurcação do T para facilitar a inserção.
Nos meses de dezembro a fevereiro, os processos de borbulhia dão melhores resultados, destacando-se como mais eficiente o método de borbulhia de janela.
5.4 Garfagem
A garfagem é um processo que consiste em soldar um pedaço de ramo (garfo), destacando da planta-matriz a propagar, sobre outro vegetal (cavalo), de maneira a permitir o seu desenvolvimento.
Os tipos mais usados em goiabeira são: garfagem de cunha lateral, garfagem do topo em fenda cheia e garfagem no topo a inglesa simples.
A garfagem de cunha lateral consiste simplesmente em um garfo afilado em forma de cunha que se insere em uma fenda diagonal feita no cavalo. A garfagem no topo em fenda cheia ou de cunha terminal consiste essencialmente em decepar o topo do cavalo e fazer uma fenda vertical de 2 a 3 cm, onde se insere imediatamente um garfo em forma de bisel. A garfagem do topo a inglesa simples consiste tão somente no corte em bisel no cavalo
e no cavaleiro. Unem-se as partes, que são, a seguir, amarradas firmemente (figura 1).
Em relação ao método de enxerto de garfagem em placa sob casca, sabe-se que ele necessita de porta-enxertos de 1,5 a 2 anos de idade e tendo de 1,5 a 3 cm de diâmetro. O enxerto deve-se ter, em princípio, o mesmo diâmetro; mas, com um porta- enxerto grosso, pode-se usar um enxerto menor.
A garfagem mostra-se mais eficiente quando realizada nos meses de junho a outubro.
Atualmente, conscientes do problema, viveiristas passaram a utilizar, como substrato, produtos contendo argila expandida ou compostos de resíduos da indústria de celulose.
5 Propagação
5.1 Semente
Apesar de ser ainda utilizada, a propagação por sementes tem reduzida importância, por causa da excessiva variação do tipo de planta que se forma no pomar, dificultando até mesmo o manejo das podas de frutificação.
5.2 Estaquia
A estaquia herbácea é atualmente o método de propagação da goiabeira mais adequado, que consiste na clonagem (multiplicação de uma mesma matriz) por meio do enraizamento de “ramos ponteiros” de uma plana altamente produtiva, da qual são retiradas até duas mil estacas, por ciclo, após a poda. Esse método permite a obtenção de um pomar uniforme, iniciando a primeira safra no oitavo mês após o plantio, uma segunda safra após 18 meses, e a partir daí, de seis em seis meses após a poda.
A muda de estaquia pode ser comercializada no tipo vareta com haste única ou pernada com ramos primários já formados, podendo ser transportada com raiz nua ou em torrão. O processo de produção por mudas de estaquia exige estrutura de controle de umidade e temperatura para garantir o enraizamento.
5.3 Borbulhia
A propagação por enxertia é realizada sob viveiro coberto com tela plástica de 50% de luminosidade. As mudas podem ser feitas por este método, lembrando-se que no verão esse método propicia melhor pegamento. A copa (matriz) é enxertada sobre um cavalo (porta-enxerto) proveniente de semente, o que aumenta o vigor da planta. É o processo mais rápido e eficiente para se propagar uma goiabeira selecionada.
Na borbulhia de placa ou janela aberta, inicialmente fazem- se no porta-enxerto duas incisões transversais e duas longitudinais, retirando-se a casca contida no retângulo, de modo que a área a ser ocupada pela borbulha fique livre. A borbulha ou gema é retirada do ramo fazendo-se duas incisões transversais e duas incisões longitudinais iguais às praticadas no cavalo ou porta- enxerto, de modo a se obter um escudo idêntico à porção de casca dele retirada. A seguir, a borbulha é embutida no retângulo vazio, devendo ficar inteiramente em contato com os tecidos do cavalo. Em seguida, fixa-se o escudo com amarrio.
Os cavalos podem ser enxertados com diâmetro de 1 a 4 cm, sendo o mais indicado com o diâmetro e 1,5 a 2,5 cm. A altura mais indicada para se colocar a gema varia de 10 a 12 cm acima do solo.
Na borbulhia simples ou T normal, a casca do portaenxerto recebe uma incisão em forma de T, na qual se insere a borbulha retirada da planta-matriz, levando-se os bordos da casca que se encontram no ponto e bifurcação do T para facilitar a inserção.
Nos meses de dezembro a fevereiro, os processos de borbulhia dão melhores resultados, destacando-se como mais eficiente o método de borbulhia de janela.
5.4 Garfagem
A garfagem é um processo que consiste em soldar um pedaço de ramo (garfo), destacando da planta-matriz a propagar, sobre outro vegetal (cavalo), de maneira a permitir o seu desenvolvimento.
Os tipos mais usados em goiabeira são: garfagem de cunha lateral, garfagem do topo em fenda cheia e garfagem no topo a inglesa simples.
A garfagem de cunha lateral consiste simplesmente em um garfo afilado em forma de cunha que se insere em uma fenda diagonal feita no cavalo. A garfagem no topo em fenda cheia ou de cunha terminal consiste essencialmente em decepar o topo do cavalo e fazer uma fenda vertical de 2 a 3 cm, onde se insere imediatamente um garfo em forma de bisel. A garfagem do topo a inglesa simples consiste tão somente no corte em bisel no cavalo
e no cavaleiro. Unem-se as partes, que são, a seguir, amarradas firmemente (figura 1).
Em relação ao método de enxerto de garfagem em placa sob casca, sabe-se que ele necessita de porta-enxertos de 1,5 a 2 anos de idade e tendo de 1,5 a 3 cm de diâmetro. O enxerto deve-se ter, em princípio, o mesmo diâmetro; mas, com um porta- enxerto grosso, pode-se usar um enxerto menor.
A garfagem mostra-se mais eficiente quando realizada nos meses de junho a outubro.
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