quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Adubação da Pitaya

Os solos que oferecem melhores condições para o desenvolvimento das plantas possuem pH entre 5,5 e 6,5, são não compactados, ricos em matéria orgânica, bem drenados e de textura bem solta (LIMA, 2013). A adubação orgânica confere boas respostas ao solo e às plantas, especialmente pela liberação lenta de nutrientes e incorporação de matéria orgânica no sistema, melhorando as qualidades químicas, físicas e biológicas, evitando também a lixiviação de nutrientes e a salinização do solo. Além disso, a utilização de fontes alternativas de nutrientes pode minimizar os custos com boas perspectivas de produtividade para a pitaia (MARQUES et al., 2012).

Em um estudo conduzido por Cavalcante (2008), concluiu-se que o fornecimento de 20L cova-1 de esterco bovino promove um crescimento da parte aérea em função do melhor desenvolvimento do sistema radicular.

Após o plantio, pode-se utilizar essa quantidade de esterco nas fases de desenvolvimento e frutificação da cultura.

Essa prática de adubação orgânica pelo uso de esterco contribui para a incorporação de matéria orgânica no solo em diferentes momentos, favorecendo as condições biológicas do solo e a absorção de nutrientes pelas raízes da planta, especialmente por estas terem característica fasciculada e de desenvolvimento em pequenas profundidades.

Por ser uma planta que apresenta hábito escandente, a pitaia necessita de tutoramento (SILVA, 2014), o que pode ser feito de diversas formas. Conforme Lima (2013), podem ser usados mourões de madeira, postes de concreto e até caules de outras plantas (Figura 3), que podem ser usados depois de podados.

Abertura da Cova.

A abertura das covas pode ser feita com sulcador, broca mecânica ou manualmente, quando o número de plantas é pequeno, com dimensão mínima de 60 x 60 x 60 cm. Na abertura manual da cova, tradicional na região Sul de Minas, deve obedecer à separação do solo da superfície e do fundo da cova (Figura7). O preparo da cova deve anteceder o plantio, com no mínimo 60 dias.

Preparo das covas

A adubação deve ser feita obedecendo aos resultados da análise de solo e às necessidades da cultura. Para assegurar um bom desenvolvimento da planta, recomenda-se a utilização de matéria orgânica (20 L de esterco de curral), calcário dolomítico (500 g) e adubação química com 300g de superfosfato simples e micronutrientes (50g de FTE BR 12) por cova.

Deve-se, no enchimento da cova, inverter a ordem de retirada do solo e misturar a terra de superfície com a adubação orgânica e o calcário (Figura 8). Depois do fechamento da cova, deve ser colocada uma estaca para demarcação do centro de cova para o futuro plantio, após 60 dias.




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