O guaranazeiro (Paullinia cupana var. sorbilis) é um importante e tradicional cultivo no Estado do Amazonas. É uma planta genuinamente brasileira de grande importância econômica e social, especialmente na região Amazônica. Esta importância é evidenciada na demanda de sementes pelas indústrias de bebidas, para atender ao promissor mercado de refrigerantes e energéticos, tanto o nacional como o internacional. Por estes motivos, a Embrapa Amazônia Ocidental, considerando a necessidade de geração e transferência de tecnologias para o cultivo do guaranazeiro, tem fortalecido as atividades de pesquisa, buscando selecionar materiais genéticos de alta produtividade e resistentes a pragas e doenças, bem como identificar práticas de manejo e tratos culturais que permitirão melhorar o desempenho da cultura, preservando o meio ambiente e aumentando a renda do produtor rural.
A Embrapa Amazônia Ocidental realizou um painel no Município de Maués (AM), no dia 28 de setembro de 2005, com a participação de profissionais de campo e agricultores, diretamente envolvidos na cadeia produtiva do guaranazeiro, para colher os subsídios necessários à validação deste documento.
Esta publicação contém informações sobre as tecnologias geradas para a cultura do guaranazeiro, visando diminuir os gargalos tecnológicos existentes no agronegócio do guaraná.
O Brasil, em termos comerciais, é o único produtor de guaraná do mundo. No Estado do Amazonas, o guaranazeiro é uma cultura plantada tanto por grandes como por pequenos produtores. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2003, o estado produziu 779 toneladas de sementes secas de guaraná em 5.178 hectares, com produtividade média de 150 kg de sementes secas por hectare, menor que a média do Brasil, que foi de 298 kg/ha.
Essa produtividade é baixa quando comparada com as obtidas de clones lançados pela Embrapa, que produzem pelo menos 400 kg/ha/ano de sementes secas. As razões apontadas para essa baixa produtividade são: a não utilização de mudas de clones selecionados, o plantio de variedades tradicionais não melhoradas, a idade avançada dos guaranazais, a alta incidência de pragas e doenças e a falta de tratos culturais adequados.
Atualmente quase toda a produção brasileira de guaraná é consumida no mercado interno, sendo pequena a quantidade exportada para outros países. Estima-se que, da demanda nacional de sementes de guaraná, pelo menos 70% seja absorvida pelos fabricantes de refrigerantes, enquanto o restante é comercializado na forma de xarope, bastão, pó, extrato e outras formas.
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Carlos Pena compartilhou o seguinte PDF:
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