Escolha do solo
As terras ideais para o cultivo da bananeira são as aluviais profundas, ricas em matéria orgânica, bem drenadas e com boa capacidade de retenção de água. Deve-se preferir aquelas planas ou com declividades abaixo de 8%, profundas, com mais de um metro sem qualquer impedimento.
A granulometria do solo deve ser média a pouco argilosa, não devendo ser muito arenosa, que geralmente apresenta baixa quantidade de nutrientes e baixa capacidade de retenção de água, aumentando os custos de produção pela necessidade de adubações mais freqüentes e de práticas visando melhorar o suprimento de água; também não deve ser muito argilosa, pela maior dificuldade de preparo para o plantio, pelos riscos de encharcamento e pelo maior impedimento ao crescimento das raízes. Áreas pouco drenadas e sujeitas a encharcamentos devem ser evitadas, pois as raízes da bananeira apodrecem rapidamente e morrem após mais de três dias de excesso de umidade no solo.
Preparo do solo
Na limpeza da área deve-se evitar remover a camada superficial do solo, rica em matéria orgânica. Em seguida faz-se a aração a uma profundidade mínima de 20 centímetros, seguida da gradagem e coveamento ou sulcamento para plantio. Áreas que vêm sendo cultivadas com pastagens ou que apresentam subsolos compactados ou endurecidos devem ser subsoladas a 50-70 centímetros de profundidade, para melhorar a infiltração de água, facilitar o aprofundamento das raízes e controlar as plantas daninhas, como também incorporar o calcário aplicado na superfície do terreno. Vale lembrar que o solo deve ser revolvido o mínimo possível, devendo ser preparado com umidade suficiente para não levantar poeira e nem aderir aos implementos; além disso, deve-se usar máquinas e implementos o menos pesados possíveis e acompanhar as curvas de nível do terreno.
Conservação do solo
Considerando que os solos são de baixa declividade, recomenda-se, como medida conservacionista, o cultivo de plantas melhoradoras (feijão-de-porco, crotalárias, leucena e outras) nas entrelinhas do bananal, semeadas no início do período das águas e ceifadas ao final deste, deixando-se os resíduos na superfície do solo, como cobertura morta. É uma forma de cobrir o solo e promover a incorporação de resíduos vegetais.
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