segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Importância Econômica da Banana



Embrapa Mandioca e Fruticultura, situada em Cruz das Almas, Bahia, em parceria com a Embrapa Amazônia Ocidental, situada em Manaus, tem o prazer de entregar aos produtores de banana do Estado do Amazonas, um sistema de produção para a cultura. O referido sistema traz todas as informações técnicas necessárias ao cultivo da banana nas fases de estabelecimento do plantio, tratos culturais, controle de pragas e doenças, manejo na colheita e pós-colheita, além de informações sobre o processamento da fruta. Espera-se que o sistema de produção ora disponibilizado, possa contribuir, significativamente, como instrumento para a melhoria do sistema de cultivo da banana no Estado, trazendo como conseqüência, um produto de melhor qualidade para o consumidor, e a melhoria da renda e da qualidade de vida do produtor rural.

A cultura da banana ocupa o segundo lugar em volume de frutas produzidas no Brasil e a terceira posição em área colhida. Esta entre as frutas mais consumidas nos domicílios das principais regiões metropolitanas do país, a banana só é superada pela laranja. Consumida pelas mais diversas camadas da população, a banana se faz presente na mesa dos brasileiros não apenas como sobremesa, mas como alimento, com um consumo per capita em torno de 25 kg/ano.
A produção brasileira de banana está distribuída por todo o território nacional, sendo a Região Nordeste a maior produtora (34%), seguida das Regiões Norte (26%), Sudeste (24%), Sul (10%) e Centro-Oeste (6%).
Na Região Norte, o Pará e o Amazonas concentram 88% da produção, sendo o Amazonas o segundo produtor. A bananicultura é uma das atividades de maior relevância para o agronegócio da região Norte do Brasil, principalmente para o Estado do Amazonas, onde o consumo “per capita” gira em torno de 60 kg/ano. A banana é, portanto, uma das principais bases alimentares para a população amazonense.
A elevada procura por bananas associada à baixa produtividade dos bananais amazonenses, principalmente após a introdução da Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis Morelet), doença que induz a perdas da ordem de até 100% em bananeiras dos tipos Prata e Maçã, tem obrigado o Estado a efetuar importações constantes para atender a demanda crescente por bananas. Embora essa região apresente excelentes condições de clima e solo para a produção de banana de alto padrão de qualidade, ainda é preciso superar, em grande parte, a baixa eficiência na produção e no manejo pós-colheita.
São vários os problemas que afetam a bananicultura dessa região, que se caracteriza pelo baixo nível de tecnificação empregado nos cultivos, resultando em baixa produtividade e qualidade dos frutos. Além disso, os problemas fitossanitários relacionados às doenças como Sigatoka-negra, mal-do-Panamá, moko, nematóides e viroses contribuem, em alguns casos, com grandes perdas na produção.
As cultivares mais produzidas e mais consumidas na Região Norte são a Maçã, Prata e Pacovan (D’Angola), todas altamente suscetíveis à Sigatoka-negra.
Com esse fato, a bananicultura tem passado por mudanças substanciais, envolvendo a substituição dos antigos plantios com essas cultivares suscetíveis, por outras resistentes à Sigatoka-negra, como Caipira, Thap Maeo, Prata Zulu, FHIA 18 e Prata Ken.






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