A fruticultura é uma das atividades mais
importantes do setor primário, em praticamente todo
mundo. A relevância do setor frutícola em cada região é
variável, mas pode-se afirmar que a potencialidade para
uma ou mais espécies frutíferas ocorre em cada região
(SOUZA, 2006).
No Brasil, mais especificamente, há condições
adequadas para cultivo de grande número de espécies,
desde plantas frutíferas de clima tropical muitas das quais
tem seu centro de origem no próprio Brasil (AQUINO e
ASSIS, 2005). Na verdade, a fruticultura é uma das
grandes geradoras de recursos, pois as frutas possuem alto
valor agregado, ou seja, possuem alto valor por unidade
colhida, permitindo a obtenção de receita elevada em uma
pequena área.
O presente trabalho diz respeito à importância de
trabalhar com algumas principais fruteiras da região, e
mostrar algumas maneiras adequadas, com base nos
conhecimento dos autores de se conduzir um pomar.
Melhor dizendo, esta foi mais uma prática
profissional, que se realizou no próprio IFRN campus de
Ipanguaçu. Com intuito de mostrar várias informações
técnicas da Agroecologia, destacando que a fruticultura
tem o papel de produzir alimentos de alto valor nutritivo
que devem fazer parte da refeição diária do brasileiro,
além de preservar o meio ambiente.
A fruticultura agroecológica para o pequeno
agricultor é de fundamental importância, ter sua produção
com um custo bem menor e uma boa produção orgânica,
que levam a todos nós a uma vida mais saudável, livre dos
agrotóxicos. Para fazer agricultura orgânica, é preciso
antes de tudo ter uma visão do conjunto da natureza de um
lugar, com todas as suas dependências, relações e
interligações, e não usar receitas prontas ou insumos
externos, mas utilizar somente os conceitos e princípios da
agroecologia (PENTEADO, 2003). Todos esses processos
e técnicas são necessários para melhorar a forma de
plantio, onde muitas vezes o produtor não tem esse
conhecimento, é importante para a fruticultura orgânica, o
manejo adequado e as condições adequadas.
UM EXEMPLO
Leite de vaca cru controla
doença da abobrinha
Plantação de abobrinhas
O Oídio da abobrinha, causado pelo fungo Sphaerotheca fuliginea, é uma das principais doenças da cultura e de outras cucurbitáceas (pepino e outras variedades de abóbora), sobretudo em cultivo protegido (estufas). A doença ataca toda a parte aérea da planta (folhas, ramos, caules, flores), fazendo com que esta perca o vigor e tenha sua produção prejudicada.
O método de controle mais utilizado nos sistemas convencionais de cultivo é o emprego de fungicidas. Contudo, seu uso contínuo resulta não apenas em riscos de contaminação ambiental como na seleção de populações do fungo resistentes aos produtos. Aliado a esses fatos, existe um mercado crescente para alimentos produzidos sem a utilização de agrotóxicos, sendo o de produtos orgânicos, o mais conhecido.
Como no sistema de produção orgânico não se permite o uso de fungicidas, esse grupo de agricultores dispõe de poucas alternativas para o controle do Oídio da abobrinha, fato que começa a mudar com a descoberta do leite cru como produto promissor para esse fim.
De acordo com o pesquisador Wagner Bettiol, da Embrapa Meio Ambiente, possivelmente o leite apresenta mecanismos variados de ação no controle do Oídio da abobrinha, que são:
- O leite pode ter ação direta sobre o fungo devido à sua propriedade germicida.
- O leite contém vários sais e aminoácidos na sua composição, sendo que essas substâncias são conhecidas por induzirem resistência nas plantas.
O leite modifica as características da superfície da folha, como pH, nutrientes, gorduras entre outras e com isso não permite a instalação do patógeno
A técnica foi desenvolvida pensando em ser uma alternativa para a agricultura orgânica. Entretanto, devido ao baixo custo e à facilidade de obtenção do produto, vem sendo adotada por diversos produtores, sejam eles orgânicos ou convencionais.
Esses produtores estão utilizando o leite de vaca cru na concentração de 5%, isto é , 5 litros de leite para 95 litros de água, uma vez na semana e quando a infestação está muito alta utilizam a 10%, para o controle do Oídio da abobrinha e do pepino.
Atualmente, além da explicação do mecanismo de ação envolvido no controle do Oídio com o leite da vaca cru, estão sendo realizados estudos para verificar se o leite controla o Oídio de outras culturas, como as do quiabo, do pimentão, da roseira e do feijoeiro, mas sempre pensando na utilização dessas técnicas para a agricultura orgânica.
muito bom,gostaria de saber mais.
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