sábado, 12 de setembro de 2015

CURIOSIDADES SOBRE ABIU

 
Abiu

Família: Sapotaceae 
Nome científico: Pouteria Calmito 
Nome comum: Abiu, Abiurana 
Origem e distribuição: É encontrado em estado silvestre por toda a Amazônia e cultivada em quase todo o Brasil. 
O abiu é uma fruta encontrada em árvore de porte médio a alto, de 3 a 10 metros de altura. Em estado silvestre pode atingir até 20 metros. Possui uma copa bem diversificada com ramificações amplas e diâmetro de até 17 metros. As folhas exsudam um látex branco quando cortadas. 
Os frutos são bagas, de forma e tamanho variado. O peso médio é de 150 a 250 gramas, mas já foram encontrados espécies com até 1000 gramas. 
A casca é lisa, de 2 mm a 5 mm de espessura, cor amarelada quando madura e às vezes com estrias verdes. A polpa, de cor branca, creme ou amarelada, é translúcida, mucilagionosa, doce ou insípida, contendo de 1 a 4 sementes, não-aderentes à polpa, oblongo-ovóides, lisas e negras, com cerca de 3,5 cm de altura e peso de 4 gramas. Floresce em abril e outubro, frutificando em julho e dezembro na Amazônia Ocidental. 
Propagação: O método mais utilizado é por sementes, que são recalcitrantes, podendo haver propgação também por mergulhia e enxertia. A produção inicia, normalmente, no segundo ou terceiro ano após o plantio. 
Composição: Proteínas, ácido cítrico, acúcares redutores e acúcares totais. 
Uso; A polpa é consumida in natura.

A história do abiu

Nome do fruto – Abiu
Nome científico – Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk
Família botânica – Sapotaceae
Categoria – 
Origem – Brasil – região amazônica
Características do abieiro – Árvore frequentemente com até 10 metros de altura, lactescente, tronco de casca áspera, copa densa e espalhada. O abieiro tem folhas lisas e brilhantes. Flores com pétalas de coloração amarelo-avermelhada.
Fruto do abieiro – O abiu é um fruto tipo baga, ovóide a globoso, apresentando látex leitoso que coagula com o ar, casca lisa e amarela. A polpa do abiu tem cor alva ou amarelada, mucilaginosa, comestível e adocicada.  O abiu contém de uma a quatro sementes lisas e pretas.
Frutificação do abieiro – Janeira a março
Propagação do abieiro – Semente
A história do abiu

O abieiro é uma planta considerada originária da região amazônica próxima às encostas andinas do Peru e do oeste da parte amazônica brasileira. A árvore e seu fruto – o abiu – são facilmente encontrados na forma silvestre por toda a Amazônia, assim como várias outras plantas da grande família das Sapotáceas, à qual pertence, assim como o sapoti, o caimito e o cutite.
Segundo Ivo Manica, o abiu já era muito conhecido nas civilizações pré-colombianas da América do Sul e Central, sendo até hoje apreciado e consumido nos aldeamentos indígenas amazônicos.
O abieiro é uma planta que produz uma grande quantidade de frutos, razão pela qual, na época da frutificação, é comum a presença de balaios de abius sendo comercializados nas feiras e mercados na região Norte do Brasil. Por ali, o abiu é muito popular, sendo raros os quintais ou pomares domésticos que não possuem pelo menos um exemplar da árvore de abiu. Os abieiros fazem até mesmo parte da arborização urbana da região, enfeitando praças de Manaus e também sendo encontrados nas cercanias de Belém.
Apesar de ser nativo da Amazônia, o abieiro cresce e frutifica em quase todo o Brasil litorâneo, por onde se espalhou sem pedir licença, sendo presença forte nas áreas litorâneas onde existem remanescentes da Mata Atlântica. Nessas regiões, ao contrário, em virtude do desmatamento generalizado, o abieiro tornou-se raro e o consumo do abiu, bissexto, assunto apenas para apreciadores que sabem onde encontrar uma ou outra árvore de abiu ainda produtiva.
A forma do abiu difere bastante de uma variedade para outra, podendo ocorrer frutas inteiramente redondas, ovais e mesmo alongadas, todas elas do tamanho aproximado de um ovo grande de galinha ou de pata. A superfície do abiu é lisa e contém uma polpa gelatinosa, branca ou amarelada, que pode ser tanto adocicada como sem sabor. Às vezes, no entanto, para o prazer de muitos, a polpa do abiu é dulcíssima: que o digam os pássaros e morcegos que se deliciam com o sumo dos abius.
Para Eurico Teixeira, o abiu pode ser considerado verdadeiro símbolo da pátria, por levar como bandeira suas cores principais: o verde e o amarelo.
A fruta é aproveitada quase sempre ao natural, podendo porém, ser conservada até uma semana quando refrigerada. Como fruta seca, deve ser consumida exclusivamente quando estiver bem madura e amarela, pois, do contrário, sua casca libera um leite branco e viscoso que adere aos lábios, provocando uma sensação desagradável.
Sendo o abiu fruta generosa, de árvore bonita e de abundante frutificação, basta um único abieiro num quintal caseiro para suprir toda a família da delicadeza dos sabores da fruta.
Apesar de todas as suas excelências e qualidades, o abieiro ainda permanece no Brasil apenas como árvore frutífera de quintal e de pomares não comerciais. Pesquisadores da Embrapa de Belém (PA), no entanto, já conseguem produzir abius pesando quase 1 kg, o que abre caminhos para o aproveitamento comercial da fruta.

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