CLIMA E SOLO PARA O ABACATEIRO

A possibilidade da hibridação, tanto das raças, como de seus híbridos, dá ao abacateiro condições de adaptação às mais variadas situações de clima e solo. Sob este aspecto, vale destacar a grande resistência ao frio que tem a raça mexicana, enquanto a antilhana é considerada de boa adaptação à região tropical, e a guatemalense é tida como intermediária. Quanto ao solo, destaca-se a maior adaptação da raça antilhana aos solos salinos, o que tem possibilitado o seu plantio comercial em áreas com esta característica, mediante o uso de porta-enxertos da raça ou de seus híbridos. 

Temperaturas muito abaixo ou acima das citadas podem causar queimaduras nas folhas novas. Por isso as plantas novas devem ser protegidas, dependendo das condições do plantio. Os ciclos vegetativos ocorrem normalmente na primavera e no fim do verão e início do outono, sendo o inverno um período de repouso, com queda das folhas, seguindo-se a floração, esta maior quando há um repouso bem definido, causado por baixas temperaturas ou umidade. 

Sabe-se que o abacateiro, devido à sua origem, se adapta à região tropical, mas sua evolução nas raças levou a maior adaptação nas regiões subtropicais, onde atualmente se desenvolve a abacaticultura comercial. Entretanto, muito frio, como no caso das geadas, pode afetar não só a planta como a frutificação em determinados anos. Outro problema relacionado com a temperatura ambiente é o do calor excessivo combinado com ventos quentes. Sua ocorrência durante o florescimento leva ao dessecamento dos estigmas ou estiletes e, consequentemente, à menor frutificação. O calor excessivo também pode afetar o pólen e o embrião, principalmente se houver elevação repentina de temperatura. Outro efeito de níveis muito altos de temperatura é a injúria causada à planta com a queima de folhas, que afeta o crescimento. Em áreas quentes, úmidas e com muito vento as folhas podem ser prejudicadas, mesmo havendo umidade adequada no solo.

Quanto ao porta-enxertos, sabe-se que estes influem fortemente em várias das características das frutíferas perenes. No abacateiro isso foi mostrado em Israel, onde as condições do solo exigem a escolha de porta-enxertos que a elas se adaptem, principalmente no tocante ao alto nível de salinidade. Os guatemalenses são mais resistentes à seca.