Os custos de implantação, manutenção e produção de um pomar de aceroleira variam evidentemente, conforme o local em que ele seta instalado, a finalidade da produção e as práticas culturais adotadas.
Dadas as perspectivas e a viabilidade econômica do cultivo da aceroleira nas áreas irrigadas do Nordeste, na Tabela são apresentados os principais coeficientes técnicos da produção dessa cultura na região do Submédio São Francisco. É importante assinalar que essa planilha deverá ser ajustada, no caso da instalação de pomares de aceroleira para fins de exportação em agro ecossistemas diferentes, ou em função de novos conhecimentos gerados.
Na falta de informações sistematizadas sobre os preços praticados nos mercados importadores, estimou-se uma receita bruta a partir do preço que a indústria local paga por frutos de primeira qualidade.
Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condições irrigadas atinha, após o segundo ano, níveis de produtividade de 18t/ha/ano e que o preço praticado seja de US$0,60/kg da fruta, estima-se uma renda bruta em torno de US$10.800ha/ano, ao preço da primeira quinzena de junho de 1993. Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar após sua estabilização, seja da ordem de 100kg fruta/planta/ano, equivalentes no espaçamento de 4,0 x 4,0m a 62t/ha/ano, um nível perfeitamente atingível pelas aceroleiras, e admitindo a mesma remuneração de US$0,60/kg/fruta ao preço da primeira quinzena de junho de 1993, estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37.000ha/ano.
O custo operacional de produção, a partir do quarto ano, segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993), situam-se em torno de US$1.977/ha, não incluindo os custos da infra-estrutura de irrigação.
Tabela. Coeficiente técnico para implantação e manutenção da cultura da aceroleira no espaçamento de 4,0 x 4,0m.
Ano I
|
Ano II
|
Ano III
| ||
Discriminação
|
Unidade
| |||
Quant.
|
Quant.
|
Quant.
| ||
1.INSUMOS
| ||||
1.1. Mudas (plantio + replantio)
|
Um
|
670
|
-
| |
1.2. Tutores
|
Um
|
670
|
-
| |
1.3. Fertilizantes
| ||||
Uréia
|
Kg
|
130
|
260
|
260
|
Super fosfato simples
|
Kg
|
350
|
-
|
350
|
Cloreto de potássio
|
Kg
|
130
|
260
|
260
|
1.4. Corretivos
| ||||
Calcário
|
T
|
2,5
|
-
|
-
|
Gesso
|
kg
|
500
|
-
|
-
|
1.5. Adubo orgânico
| ||||
Esterco
|
M3
|
20
|
30
|
30
|
1.6. Defensivos
| ||||
Oxicloreto de cobre
|
kg
|
-
|
10
|
10
|
Triclorfon
|
L
|
2,0
|
3,0
|
3,0
|
Formicida
|
Kg
|
5,0
|
3,0
|
2,0
|
Espalhante adesivo
|
L
|
01
|
02
|
01
|
Óleo mineral
|
L
|
01
|
01
|
01
|
Material p/cobertura morta
|
M3
|
06
|
-
|
-
|
Carbamato
|
L
|
01
|
02
|
02
|
1.7. Água
|
M3
|
16.000
|
16.000
|
16.000
|
2. PREPARO DO SOLO
| ||||
2.1. Roçagem e destoca
|
H/D
|
80
|
-
|
-
|
2.2. Aração
|
H/Trat.
|
04
|
-
|
-
|
2.3. Gradagem
|
H/Trat.
|
02
|
-
|
-
|
2.4. Marcação da área
|
H/D
|
03
|
-
|
-
|
2.5. Coveamento
|
H/D
|
12
|
-
|
-
|
2.6. Adubação básica e cobertura morta
|
H/D
|
10
|
08
|
08
|
2.7. Plantio/Tutoramento/Replantio
|
H/D
|
05
|
-
|
-
|
2.8. Calagem
|
H/Trat.
|
02
|
-
|
-
|
3. TRATOS CULTURAIS
| ||||
3.1. Coroamento
|
H/D
|
9x3
|
9x3
|
9x3
|
3.2. Poda de formação e corretiva
|
H/D
|
3,0
|
5,0
|
5,0
|
3.3. Capina mecânica
|
H/Trat.
|
4x2
|
4x2
|
4x2
|
3.4. Cobertura morta
|
H/D
|
06
|
06
|
06
|
3.5. Pulverização Motorizada
|
H/Trat.
|
6x2
|
6x2
|
6x2
|
3.6. Aplicação de calcário e incorporação
|
H/Trat.
|
04
|
-
|
04
|
3.7. Pulverização manual
|
H/D
|
06
|
12
|
12
|
3.8. Irrigação
| ||||
Ano I
|
Ano II
|
Ano III
| ||
Discriminação
|
Unidade
| |||
Quant.
|
Quant.
|
Quant.
| ||
3. TRATOS CULTURAIS (Continuação)
| ||||
3.8. Irrigação
| ||||
Localizada
|
H/D
|
15
|
15
|
15
|
Aspersão
|
H/D
|
50
|
50
|
50
|
3.9. Controle de formiga
|
H/D
|
06
|
04
|
04
|
3.10. Colheita
|
H/D
|
16
|
480
|
1.400
|
4. OUTROS CUSTOS
| ||||
4.1. Energia p/irrigação (depende do projeto)
| ||||
4.2. Tesoura de poda
|
Um
|
02
|
-
|
02
|
4.3. Serrote de poda
|
Um
|
02
|
-
|
02
|
4.4. Cordão ou barbante
|
Rl
|
04
|
-
|
-
|
4.5. Caixa colheita capacidade 20kg
|
Cx
|
10
|
30
|
50
|
4.6. Transporte interno |
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