quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Custo de Produção da Acerola




Custo de produção e receita estimada

Os custos de implantação, manutenção e produção de um pomar de aceroleira variam evidentemente, conforme o local em que ele seta instalado, a finalidade da produção e as práticas culturais adotadas.
Dadas as perspectivas e a viabilidade econômica do cultivo da aceroleira nas áreas irrigadas do Nordeste, na Tabela são apresentados os principais coeficientes técnicos da produção dessa cultura na região do Submédio São Francisco. É importante assinalar que essa planilha deverá ser ajustada, no caso da instalação de pomares de aceroleira para fins de exportação em agro ecossistemas diferentes, ou em função de novos conhecimentos gerados.

Na falta de informações sistematizadas sobre os preços praticados nos mercados importadores, estimou-se uma receita bruta a partir do preço que a indústria local paga por frutos de primeira qualidade.
Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condições irrigadas atinha, após o segundo ano, níveis de produtividade de 18t/ha/ano e que o preço praticado seja de US$0,60/kg da fruta, estima-se uma renda bruta em torno de US$10.800ha/ano, ao preço da primeira quinzena de junho de 1993. Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar após sua estabilização, seja da ordem de 100kg fruta/planta/ano, equivalentes no espaçamento de 4,0 x 4,0m a 62t/ha/ano, um nível perfeitamente atingível pelas aceroleiras, e admitindo a mesma remuneração de US$0,60/kg/fruta ao preço da primeira quinzena de junho de 1993, estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37.000ha/ano.
O custo operacional de produção, a partir do quarto ano, segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993), situam-se em torno de US$1.977/ha, não incluindo os custos da infra-estrutura de irrigação.

Tabela. Coeficiente técnico para implantação e manutenção da cultura da aceroleira no espaçamento de 4,0 x 4,0m.



Ano I
Ano II
Ano III
Discriminação
Unidade





Quant.
Quant.
Quant.
1.INSUMOS




1.1. Mudas (plantio + replantio)
Um
670
-

1.2. Tutores
Um
670
-

1.3. Fertilizantes




Uréia
Kg
130
260
260
Super fosfato simples
Kg
350
-
350
Cloreto de potássio
Kg
130
260
260
1.4. Corretivos




Calcário
T
2,5
-
-
Gesso
kg
500
-
-
1.5. Adubo orgânico




Esterco
M3
20
30
30
1.6. Defensivos




Oxicloreto de cobre
kg
-
10
10
Triclorfon
L
2,0
3,0
3,0
Formicida
Kg
5,0
3,0
2,0
Espalhante adesivo
L
01
02
01
Óleo mineral
L
01
01
01
Material p/cobertura morta
M3
06
-
-
Carbamato
L
01
02
02
1.7. Água
M3
16.000
16.000
16.000
2. PREPARO DO SOLO




2.1. Roçagem e destoca
H/D
80
-
-
2.2. Aração
H/Trat.
04
-
-
2.3. Gradagem
H/Trat.
02
-
-
2.4. Marcação da área
H/D
03
-
-
2.5. Coveamento
H/D
12
-
-
2.6. Adubação básica e cobertura morta
H/D
10
08
08
2.7. Plantio/Tutoramento/Replantio
H/D
05
-
-
2.8. Calagem
H/Trat.
02
-
-
3. TRATOS CULTURAIS




3.1. Coroamento
H/D
9x3
9x3
9x3
3.2. Poda de formação e corretiva
H/D
3,0
5,0
5,0
3.3. Capina mecânica
H/Trat.
4x2
4x2
4x2
3.4. Cobertura morta
H/D
06
06
06
3.5. Pulverização Motorizada
H/Trat.
6x2
6x2
6x2
3.6. Aplicação de calcário e incorporação
H/Trat.
04
-
04
3.7. Pulverização manual
H/D
06
12
12
3.8. Irrigação






Ano I
Ano II
Ano III
Discriminação
Unidade





Quant.
Quant.
Quant.
3. TRATOS CULTURAIS (Continuação)




3.8. Irrigação




Localizada
H/D
15
15
15
Aspersão
H/D
50
50
50
3.9. Controle de formiga
H/D
06
04
04
3.10. Colheita
H/D
16
480
1.400
4. OUTROS CUSTOS




4.1. Energia p/irrigação (depende do projeto)




4.2. Tesoura de poda
Um
02
-
02
4.3. Serrote de poda
Um
02
-
02
4.4. Cordão ou barbante
Rl
04
-
-
4.5. Caixa colheita capacidade 20kg
Cx
10
30
50
4.6. Transporte interno



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